ÓLEO DE NIN

 
 

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DalNeem -Introdução

Pesquisadores descobriram que o neem age tanto na área de Pesticidas, como na área medicinal. Descobriu-se que as sementes do Neem combatem mais de 200 espécies de insetos, pragas, baratas, traças, pulgões, dentre outros. Neem, uma árvore para resolver problemas globais. A árvore é provavelmente a melhor fonte de biopestiçida existente. É um presente de Deus. Uma árvore que pode ajudar a todos. Surpreendentes propriedades de curam têm sido atribuídos ao neem por antigos autores sânscritos. Na verdade, a árvore tem servido como um dispensário nas áreas rurais e assegurou seu lugar na farmacopéia indiana. Devido a efeitos colaterais provocados por pesticidas sintéticos, a tendência atual é o uso de um pesticida natural. Mais de 2400 plantas são conhecidas por suas propriedades pesticidas, mas somente o Neem oferece um controle efetivo dos insetos que causam perdas nas agricultura sem afetar o meio ambiente. Várias partes da árvore têm sido usadas na Índia há vários milênios com propósitos medicinais. A Ayurveda considera a árvore como uma SARVA ROGHA NIVARANI ( Cura de todos os males).

Sua casca é receitada para febre , reumatismo, dores, lombares, etc. O óleo é usado no tratamento de tétano, urticária, eczema, escrófula, erisipelas, e nos estágios iniciais da lepra. O suco de folhas do neem é usado para expelir lombrigas, curar icterícia, e doenças da pele. Os pequenos galhos da árvore do neem são usados em muitas comunidades como as escovas de dentes descartáveis que ajudam na preservação dos dentes. Vento soprando nas folhas da árvore de neem é de grande beneficio para pessoas nas redondezas. A árvore é muito estimada pelos Indianos. Folhas de neem mantida entre roupas de lã ou de seda dobradas as protegem de insetos. Antes da era dos inseticidas sintéticos, o miolo do neem era usado para proteger as plantações contra ataque de insetos.

Descrição
A árvores do neem são frondosas e podem alcançar 30 m de altura e 2,5 m de circunferência. As distribuiçôes de seus galhos formam coroas de até 10 m de diâmetro Os galhos quase sempre permanecem cheios de folhas, exceto durante uma forte seca, quando as folhas podem cair. Seu tronco, geralmente reto e curto, tem uma casca grossa, forte e enrrugada. As raízes penetram profundamente no solo, e quando lesadas, produzem rebentos. Esses rebentos tendem a ser prolíficos em localidades secas. As pequenas flores brancas e bissexuais nascem em cachos e seu aroma parecido com o do mel atraem as abelhas. Seu fruto é macio e tem a forma elíptica e mede em torno de 2 cm de comprimento. Quando maduro fica amarelado e contém uma polpa doce envolvendo a semente. A semente é composta de uma concha e um miolo. As vezes 2 ou 3 miolos cada um pesando a metade do peso da semente. É o miolo o mais usado como pesticida. A árvore do neem normalmente começa a produzir frutos após 3 a 5 anos. Torna-se completamente produtiva em 10 anos e, daí em diante pode produzir até 50 quilos de frutas pôr ano. Esta árvore pode viver até 200 anos.

Distribuição
O neem é nativo em todo o subcontinente Indiano. É na India que a árvore é mais amplamente explorada. Ela é cultivada desde a ponta do Kerala até o Himalaia, em regiões tropicais e subtropicais, em regiões áridas até nas tropicais úmidas e desde o nível do mar até 700 m de altitude. O neem foi introduzido na África no inicio do século. Agora está sendo cultivado em pelo menos 30 países , principalmente naqueles ao longo da costa sul do deserto do Saara, onde se tornou um importante fornecedor de combustível e madeira. Foi introduzida em Fidji, Caribe, e em muitos países da América central e da América do sul.

Propagação
A árvore é de fácil propagação, tanto sexual, quanto vegetativamente, pode ser plantada usando-se sementes, mudas, rebentos, ou cultura de tecidos. No entanto é normalmente cultivada a partir de sementes plantadas diretamente ou transplantadas como mudas de um viveiro.

Problemas com o neem
Fogo mata as mudas de neem instantaneamente. Fortes ventos são problemas em potencial. Árvores grandes frequentemente caem durante furacões, ciclones, ou tufões. A regenerações das mudas do neem sob galpões são sensíveis à súbita exposição de intensa luz solar. Em algumas localidades, ratos e porcos espinhos matam as árvores jovens roendo sua casca ao redor da base.

Propriedades Fungicidas
O neem provou ser eficaz contra certos fungos que infectam o corpo humano tais fungos são um problemas crescente e difíceis de serem controlados por fungicidas sintéticos. São exemplos de alguns fungos combatidos pelo neem-
Trichophyto: Pé-de-atleta que infecta tanto a pele quanto a unhas.
Epidermophyton : Micose que infecta o cabelo, a pele e as unhas do pé.
Trichosporon : Um fungo do canal intestinal.
Microsporum : Uma micose que infecta o cabelo a pele e as unhas.
Geotrichum : Um fungo espumante que causa infecção nos brônquios, pulmões, e membranas da mucosa.
Cândida : Um fungo que é parte da mucosa normal da flora, mas que pode ficar fora de controle e provocar lesões na boca, vagina e pulmões.

Propriedades Anti- Bacterianas
Óleo de Neem tem eliminado várias espécies de bactérias patogênicas, incluindo STAPHYLOCOCCUS AUREUS, que é uma fonte comum de intoxicação alimentar, e causadora de desarranjos. SALMONELLA TYPHOSA, esta bactéria muito temida que vive na comida e na água causa o tifo, envenenamento alimentar e uma variedade de infecções que incluem envenenamento sangüíneo e inflamação intestinal.

Propriedades Anti-Viróticas
A atividade anti-virótica do neem tem alta eficácia, particularmente contra doenças caracterizadas por erupções. Varíola , catapora , e verrugas , têm sido tradicionalmente tratados com pasta de neem, esfregando-se a mesma na área afetada. O neem é um preventivo muito eficiente contra vírus , mas não é a cura.

Propriedade Inseticida Dermatológica
Neem é um remédio comum e popular contra piolho e vermes. No Haiti , por exemplo, as folhas do neem são esmagadas e esfregadas nos ferimentos infectados por vermes, e na Índia e Bangladesh, moradores de vilas aplicam o neem no cabelo para matar piolho, fatos observados com grande sucesso.

Neem no Tratamento Dentário
Tanto na India como na África milhões de pessoas usam pequenos galhos de neem como escovas de dentes todos os dias. Dentistas aprovam esta prática primitiva por acharem que realmente previne doenças periodônticas. Não está claro se o beneficio é devido á massagem regulares da gengiva, se por prevenir a formação de placas, se pelas propriedades anti-sépticas do neem, ou se pelas três hipóteses juntas. Companhias alemãs usam o neem como um ingrediente ativo em pastas dental. O neem se mostra muito eficaz na preservação e cura de inflamações nas gengivas e nas doenças periódicas.

Neem como Preventivo da Doença de Chagas
O parasita Trypanosoma crusi causa esta grave doença. Ele vive e se reproduz dentro das células nervosas e das células musculares, particularmente nas do coração, sugando toda a energia de sua vitimas. Extratos do neem atuam sobre o mosquito que transmite a Doença de Chagas. Os extratos não matam os insetos, ao invés, eles os imunizam contra parasitas que vivem dentro do inseto por um ciclo de sua vidas. Uma pesquisa foi realizada e mostrou que alimentando-se os mosquitos transmissores com neem, não só os libertam do parasitas, como também o azadirachta impedem o jovem inseto de mudar de pele e os adultos de se reproduzirem.

Neem como Preventivo da Malária
Profissionais indianos da medicina Ayurvedica tem preparado doses orais do neem e administrado em paciente portadores de malária a séculos. A atividade anti-malárica do neem está relatada nos livros de Ayurveda. Chá das folhas do neem é usado para tratar-la. Certos extratos das folhas e das sementes do neem, provaram sua eficiência contra os parasitas da malária. O neem reage tão bem quanto o quinino nas culturas de células afetadas pela malária.

Neem como Analgésico e Anti-Térmico
Neem é também muito eficaz como analgésico, antitérmico e antinflamatório, e um produto de baixo custo. O neem é usado para estes propósitos onde quer que seja cultivado.

Outras Propriedades Medicinais
Extratos de águas das folhas e do óleo do neem provaram reduzir significativamente o açucar no sangue e impedir que a adrenalina produza hiperglicemia em animais de laboratório. O neem demostrou uma propriedade significativa de infertilidade em ratos machos sem interferir com os espermas atogenesis. Extratos alcoólicos das folhas provaram curar doenças cutâneas como o eczemas, impigem, etc. Nimbidim , um componente amargo extraído do óleo do neem provou possuir uma atividade analgésica e antipirética eficaz no tratamento de sarna e úlcera gastroduodenal crônica Ninbatikta. Um elemento completamente amargo do azadirachta indica também provou curar úlcera crônicas com eficácia o uso do óleo do neem intravaginal provou ser eficaz na prevenção da gravidez.

Neem no Controle de Insetos
Os indianos tem tradicionalmente esmagado as folhas do neem e esfregado as mesmas nos ferimentos expostos do gado para eliminar os vermes. Mosca de chifre. O azadirachta atravessa o canal digestivo do ruminante e lá permanece tempo suficiente para que as moscas de chifre não se desenvolvam no estrume. O Óleo e o extrato da semente do NIM impedem que a blow fly fêmea, Lucilia Sericata, de botar seus ovos em carneiros. No Sri Lanka, o óleo do neem é esfregado no gado como um repelente de insetos como a mosca-de-chifre. O azadirachta também é capaz de exterminar os ovos da mosca stomoxys calcitrans.

Neem no Controle de Bactérias
A bactéria do staphylococcus aureus causa mastite, inflamação das glândulas mamarias em vacas. A aparente eficácia do neem em controlar certos tipos dessa bactérias pode, portanto, ser de grande importância econômica para fabricas de laticínios nas nações que cultivam o neem. A bactéria salmonella além de afetar a saúde humana, causa aborto em animais, gado, e carneiros, como também vários tipos de infeções em aves domésticas e gado, podendo, também, ser controlado pelo neem.

Produtos Industriais do Neem

Óleo do Neem - O óleo do neem é composto basicamente de triglicerideos de oleico, steárico, linoleico, e palmitico. O óleo de neem é usado principalmente em lamparinas, sabões, e outros produtos não comestíveis. É usado por fabricantes de sabão por ser barato.

Cosméticos - o neem é tido na India como um produto de beleza. As folhas do neem pulverizadas são um componente fundamental de pelo menos um creme facial muito usado. O óleo do neem purificado é também usado em esmaltes e outros produtos.

Lubrificantes - O óleo do neem é lubrificante e resiste a degradação melhor que a maioria dos óleos vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é usado com freqüência para lubrificar rodas de carroças.

Fertilizante - O neem demostrou um potencial considerável como fertilizante

1 - A pasta no neem - é amplamente usada na Índia para fertilizar plantações com objetivos comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e hortaliças, pois contém nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. Quando misturada na terra como adubo, protege as raízes das plantas de nematóides e formigas brancas.
2 - As folhas do neem - em algumas áreas do estado de Karnataka na India as pessoas cultivam a árvore especialmente por sua folhas verdes e galhos, os quais são jogados dentro dos arrozais encharcados, antes das mudas serem transplantadas.

Madeira - As propriedades da madeira do neem se parecem com as do mogno. É relativamente pesado e quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja fácil de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secado com cuidado por que geralmente se parte e empena. É uma madeira boa para construções e amplamentos usados na fabricação de carroças, ferramentas manuseáveis e implementos agrícolas. É também comum o seu uso nas fabricações de móveis. É raramente atacado por formigas brancas e é resistente ao cupim.

Combustível - O neem produz diversos combustível úteis. Seu óleo é queimado em lamparina, sua madeira usada como lenha. A casca da semente que não possui óleo e é desperdiçada na fabricação de pesticidas é amplamente empregada como combustível. O carvão produzido da madeira do neem é de excelente qualidade.

Outros Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do neem - Resina e um material que contém muitas proteínas. É possível usa-lo como aditivo alimentar e é amplamente usado como cola do neem. A casca do neem contém 14% de tanino. Ela produz fibras grossas e fortes, que entrelaçadas transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel - apicultores plantam árvores do neem para adquirirem o mel de sua flores. Há relatos de pessoas que comem o neem. Dizem que Mahatma Gandhi, que possuía um grande respeito pelos efeitos nutritivos das plantas, sempre preparava um molho picante com as folhas do neem e comia com deleite, apesar de seu incrível gosto amargo. A polpa das frutas do neem é uma base promissora para a geração do gás metano e também pode servir como uma rica base de carboidratos para outras fermentações industriais.

Efeitos do Neem em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.

Insetos Afetados por Produtos do Neem
Mosca do Chifre - Mosca Branca - Mosca Caseira - Piolhos - Grilos - Formigas de Fogo - Gorgulho do Arroz - Barata, etc...

Uso do Neem

Casca - é amarga adstringente, acre, refrescante, lombrigueiro, inseticida, tônico para o fígado, expectorante e retentor da urina, É útil em condições anormais de lepra, doenças da pele, eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos, úlceras, azia, tumores, glândulas, aminorreias, reumatismo, sífilis, e fadiga.

Folhas - são amargas adstringentes, acres. Depurativas, anti-sépticas, oftálmicas, lombrigueiras, abrem o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes. São úteis em azias, lepra, leucoderma, doenças de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras, tuberculoses, bolhas, eczema, e febres de malária. Tônicas, são úteis em cólicas e debilidades gerais.

Sementes - são amargas, acres, termogênicas, purgantes, lombrigueiras, retentores de urina, emolientes, calmantes, depurativas. São úteis em condições anormais de tumores, lepra, da pele, lombrigas, hemorróidas, tuberculoses, ferimentos, constipação e diabetes.

Óleo - é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e depurativo. É útil em doenças crônicas da pele, impigem, sarna, lombrigas, febre de malária, sífilis e lepra.

Neem e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na Índia. A produção de grãos comestíveis gira em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se que no ano 2000 a India necessitaria em torno de 210 milhões de tonelada de grãos comestíveis, tendo em vista o fato de que anualmente 6 milhões de toneladas são perdidos devido a pragas nas lavouras, ervas daninhas, roedores, pássaros e más condições do tempo e de estocagem. O uso de pesticidas, tornou-se essencial. O uso de pyretroides sinteticos nos últimos anos causou a propagação da mosca branca, no algodão em Gujarat, Andhra pradesh e em localidades do Tamil Nadu. Constantes resíduos de pesticidas altamente tóxicos DDT HCH e o Chorinated Hydrocarbon foram encontrado em hortaliças frutas, leites, óleos, manteiga, e carne, tanto quanto em leite materno. A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas químicos que deveriam ser usados para o controle de pestes. Os biopesticidas produzidos do neem são de grande eficácia e comercialmente viáveis. Baratos, possuem efeitos a longo prazo, não poluem e não são nocivos à saúde humana.

Bactérias: Biopesticida de mais sucesso até o momento é op Bacillus Thuringiensis *(B.T) existem 25 tipos de B.T. sendo usados contra pragas. Eles produzem várias toxinas inseticidas tais como exoand Endotoxins, que são responsáveis pela morte de insetos tão logo penetrem em seus corpos. Aproximadamente 525 insetos de vários tipos foram encontrados infectados pelo B.T. muitos produtos comerciais do B.T. foram fabricados por aproximadamente 12 empresas em 5 países e são denominados Thuricide, Bakthne, Bacttodpein, etc. essas formulas são excelentes no controle de peste da couve, tais como diamond heliothis do algodão e do milho, brocas européias do milho. Larva do Chifre do tabaco e largarta, do Castanheiro da Índia, foram relatada nos últimos anos.

Fungos: Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que incluem mais de 500 espécies de parasitas e fungos predatório eficazes contra inúmeros insetos fungos e nematoides.

Nim: Um Biopesticida
Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz 
Controle da bacteria que faz secar as folhas 
Controle do caruncho que afeta o coqueiro 
Controle das doeças de hortaliças 
Controle do caruncho do gengibre 
Controle patogênico de bacterias em plantas 
Controle de doenças viróticas em plantações de hortaliças 
Controle do vírus mosaico da pimenta usando produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é usado no controle do bullwowrm do algodão. neem é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a vagem, o arroz, etc... o óleo do neem preserva as folhas do algodão.

Apesar de cientistas se empenharem em descobrir plantas com características medicinais nos cantos mais remotos do mundo, o neem cresce nos jardins de casas e universidades da Ásia e da África sem chamar a atenção. A familiaridade com a planta fez com que cientistas não estudassem as propriendades do neem. Mas hoje em dia pesquisadores de todo o mundo estão empenhados em entender como funcionam os princípios ativos do neem para compreender como uma planta pode ter tantas utilizações. Atualmente a utilização do neem na agricultura é o que mais chama a atenção.

Neem como inseticida:
A maior parte das pesquisas sobre o neem é dedicada ao uso da planta na agricultura. Depois de estudar cerca de 250 espécies de plantas com características que podem contribuir para o controle de insetos e pragas, o consenso geral foi de que o neem é a plante de maior eficiência e de menos impacto ambiental. Inseticidas feitos à base de neem já estão sendo oferecido ao público. Ao que tudo indica o neem será uma alternativa natural aos inseticidas sintéticos.
Em 1990, mais de 15 milhões de toneladas de insticidas sintéticos foram aplicados a jardins e gramados nos Estados Unidos. Normalmente estes inseticidas são toxidas que atacam o sistema nervoso dos insetos de forma rápida e letal. Apesar de serem realmente efetivos, esses inseticidas matam insetos de forma indiscriminada, incluindo insetos benéficos como abelhas e borboletas, e também são uma ameaça real para outros animais que cruzem a área onde a substância está sendo aplicada (como minhocas, passarinhos, esquilos, cachorros, gatos e até mesmo pesssoas). A maior parte dos fabricantes de inseticidas recomendam que não se ande descalço sobre a superfície que recebeu a substância por três dias.
Pessoas que vivem a até 300 metros de onde o inseticida foi aplicada podem ser afetadas pela evaporação do produto. Inseticidas podem causar desde dores de cabeça até perda de sensibilidade nos membros.

As propriedades naturais do neem não causam qualquer reação tóxica. O neem serve como inseticida porque a maioria dos insetos e pragas não se alimenta de plantas cobertas com neem, mesmo que a opção seja morrer de fome. O neem ainda como repelente e reduz a capacidade dos insetos em se reproduzir.

O neem não é tóxico para pessoas ou animais de grande porte e, por isso, não precisam evitar áreas tratadas com neem. O neem também é um produto natural e portanto biodegradável. Só insetos que alimentam de plantas são afetados pelo neem, o que impede qualquer dano para insetos como abelhas e outros insetos benéficos.

Neen como fungicida agrícola:
O neem protege plantas e animais de uma variedade de fungos (Murthy and Sirsi,, 1958b); (Bhowmick, 1982); (Schmutterer & Ascher, 1986). Nesse caso, testes provaram que os melhores resultados foram obtidos quando o neem foi utilizado como um agente preventivo.

Neen no tratamento de vírus de plantas:
Infecções em plantas causadas por outras plantas são difíceis de curar ou prevenir. Entretanto testes realizados por pesquisadores na Índia e nos Estados Unidos comprovaram que extratos de neem são muito eficazes na prevenção de infecções virais ou na redução do dano causado, uma vez que a infecção seja diagnosticada (Saxena, et al, 1985); (Simons, 1981).

Neem no armazenamento de alimentos:
Fazendeiros mais ricos pode, se dar ao luxo de utilizar pesticidas químicos para impedir que pragas destruam alimentos (como grãos e cereais) armazenados por longos períodos. O neem é uma opção natural mais acessível. Alimentos tratados com óleo de neem ficam protegidos de qualquer tipo de infestação por até 20 meses sem qualquer alteração.
(Dunkel et al, 1995)

Neem na correção do solo:
Depois que o óleo foi extraído das sementes do neem, o bagaço pode ser utilizado na correção do solo - uma prática secular na Índia. Estudos mostram que misturar no solo o bagaço da semente que teve o óleo retirado mostram oferece resultados melhores do que a utilização de estrume ou outros adubos. O bagaço do neen ajuda a fixar o nitrogênio no solo, estimula a proliferação de minhocas e oferece proteção contra insetos (Khan, 1974); (Vizayalakshmi, et al, 1985).

· Diabetes - Doses orais de extratos da folha do neem reduzem a quantidade de insulina necessária entre 30% e 50% em certos tipos de diabetes.

· Doenças coronárias - O neem retarda a coagulação do sangue, normaliza batimentos cardíacos arrítmicos e ajuda a controlar a pressão arterial.

· Herpes - Testes realizados recentemente na Alemana mostraram que extratos de neem são tóxicos para o vírus da herpes.

· Dermatologia - Neem é muito efetivo no combate a problemas de pele como acne, eczema, coceiras, caspa e verrugas.

· Úlceras - Extratos de neem protegem o estômago do desconforto causado pelas úlceras e acelera a cicatrização de feridas gástricas e intestinais.

· Controle de natalidade masculino - O neem vem sendo testado na Índia e nos Estados Unidos para se conhecer seus efeitos sobre a fertilidade. Testes mostram que macacos tiveram sua fertilidade reduzida apesar da produção de esperma e hormônios permanecer inalterada.

· Controle de natalidade feminino - Aplicado internamente na vagina, o óleo de neem teve 100% de sucesso em impedir a gravidez.

IAPAR :

O Neem - Azadirachta indica - um Inseticida Natural

Sueli Souza Martinez - Pesquisadora

Lançamento de livro:O NIM - Azadirachta indica Natureza, Usos Múltiplos, Produção

Atualizado em 31 de outubro de 2002

(Foto: Neem proveniente das Filipinas, plantada no IAPAR em 1987)

Introdução

O neem pertence à família Meliaceae, que apresenta diversas espécies de árvores conhecidas pela madeira de grande utilidade, como o mogno, o cedro, a santa-bárbara, ou cinamomo, o cedrilho, a canjerana, a triquília, etc. É originário do Sudeste da Ásia e é cultivado em diversos países da Ásia, em todos os países da África, na Austrália, América do Sul e Central. É usado há séculos na Ásia, principalmente na Índia, como planta medicinal. Tem diversos usos, em especial anti-séptico, curativo ou vermífugo; é utilizado no preparo de sabões medicinais, cremes e pastas dentais. A árvore é usada para sombra e possui madeira de qualidade para a produção de móveis, construção, batentes e portas, caixas e caixotes, lenha, carvão,etc.

Seu uso como inseticida se tornou bem conhecido nos últimos 30 anos, quando seu principal composto, a azadiractina, foi isolado. A molécula da azadiractina é muito complexa e ainda não pôde ser sintetizada; assim, todos os produtos que contêm azadiractina são produzidos por extração da planta. Os inseticidas naturais de neem são biodegradáveis, portanto não deixam resíduos tóxicos nem contaminam o ambiente. Possuem ação repelente, anti-alimentar, reguladora de crescimento e inseticida, além de acaricida, fungicida e nematicida. Por sua natureza, os extratos de neem são mundialmente aprovados para uso em cultivos orgânicos.

A planta possui mais de 50 compostos terpenóides, a maioria com ação sobre os insetos. Todas as partes da planta possuem esses compostos tóxicos, porém é no fruto que se encontra a maior concentração. Esses compostos são solúveis em água e podem ser preparados de maneira simples e barata, por pequenos e médios produtores.

Outras espécies de meliáceas têm propriedades semelhantes. Entretanto, seus extratos são mais tóxicos aos vertebrados e são menos eficazes contra os insetos. Os extratos de neem são praticamente inócuos aos vertebrados e ao homem.

A Árvore

Originária de clima tropical, a planta se desenvolve bem em temperaturas acima de 20oC, em solos bem drenados, não ácidos e altitudes abaixo de 700 m. Nessas condições, pode iniciar a produção de frutos em cerca de dois anos, podendo atingir 10 kg de semente seca/planta, sendo que cada quilograma de sementes secas contém aproximadamente 3000 sementes.

No Brasil, as primeiras introduções realizadas para pesquisa do neem como inseticida foram realizadas pelo IAPAR, em Londrina PR, em 1986 com sementes originárias das Filipinas. Em continuidade ao projeto, em 1989 e 1990, material oriundo da Índia, Nicarágua e República Dominicana foi plantado em Londrina, Paranavaí PR (região mais quente e arenosa), Jaboticabal SP e Brasília DF, para avaliação de desenvolvimento.

Nos anos noventa, principalmente nos últimos cinco anos, as propriedades da planta se tornaram mais conhecidas no País, dando-se início ao plantio de áreas comerciais em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Pará e outros. Esses estados apresentam clima favorável seu cultivo, esperando-se portanto produções próximas ao obtido nos países de origem. Em condições menos adequadas, como as do Norte do Paraná, com clima subtropical, as plantas se desenvolvem mais lentamente, iniciando a produção de frutos após cerca de seis anos, atingindo a produção máxima de 3 a 4 kg de semente seca/planta após 10 anos do plantio (dados obtidos no IAPAR).

O IAPAR está trabalhando para conseguir plantas mais adaptadas às condições subtropicais. Em 1998, foi realizada a enxertia de neem sobre o cinamomo, Melia azedarach, que tem excelente desenvolvimento e alta produção de frutos no Sul do Brasil. O pegamento do enxerto foi muito bom e há hoje 150 plantas enxertadas em duas estações experimentais do IAPAR para avaliação, com florescimento já no primeiro ano.

Plantio e Condução

As sementes devem ser plantadas o mais rápido possível, dado que o poder germinativo, de cerca de 80%, se reduz em cerca de dois meses a praticamente zero. Sementes mantidas em geladeira podem manter o poder germinativo por mais tempo.

As mudas podem ser feitas em sacos plásticos, mantendo-se boa irrigação durante seu desenvolvimento. As sementes germinam após duas semanas. Ao atingir 50 cm, após cerca de três meses, a planta pode ser transplantada para o campo.

O espaçamento recomendado para o plantio do neem é variável, já que o desenvolvimento da planta depende das condições de solo e clima, sendo necessário que toda a copa receba a luz do sol. Assim o espaçamento deve permitir boa insolação. No Brasil recomenda-se de 5 a 8 m entre árvores, com o maior espaçamento nas regiões mais quentes. Deve-se conduzir o tronco sem ramos até 1,5 m de altura e os ramos devem ser podados regularmente. O ponteiro apical pode ser cortado quando a planta alcançar 4 a 6 m, de modo que a árvore não atinja um tamanho muito grande e apresente uma copa bem desenvolvida. Desse modo a produção de frutos é maior e a colheita é facilitada.

Modo de Ação

A ação dos extratos de neem sobre insetos é bastante variável de espécie para espécie. Há registro de ação sobre mais de 300 espécies. A maior parte das investigações foi feita em laboratório, sendo necessários mais estudos para poder se determinar com maior segurança quais as pragas pode controlar, as doses, freqüência de aplicação, etc.

De modo geral a azadiractina afeta o desenvolvimento dos insetos de diferentes modos. Pela sua semelhança com o hormônio da ecdise (processo que possibilita ao inseto trocar o esqueleto externo e, assim poder crescer), perturba essa transformação e, e m altas concentrações pode impedí-la, causando a morte do inseto. Por essa razão, as formas jovens de insetos são mais fáceis de controlar. Não causa a morte do inseto imediatamente, dado o seu efeito fisiológico, porém, além de afetar a ecdise, reduz o consumo de alimento, retarda o desenvolvimento, repele os adultos e reduz a postura nas áreas tratadas. Também tem maior ação por ingestão, de modo que os insetos mastigadores são mais facilmente afetados.

As espécies mais facilmente controladas são as lagartas, pulgões, cigarrinhas, besouros mastigadores. Resultados de pesquisa do IAPAR mostraram efeitos letais e deformidades em larvas e pupas de lagarta-do-cartucho do milho, curuquerê do algodoeiro, ácaros e bicho-mineiro, cochonilhas e redução de postura em bicho-mineiro, broca-do-café e mosca branca. Em testes com a joaninha, inimigo natural de pulgões, extratos de neem não causaram morte dos adultos e sua ação sobre as larvas foi mediana para uma espécie e inócua para outra, não reduzindo sua voracidade, o que comprova seu potencial para uso em associação com inimigos naturais contra as pragas.

O uso de folhas misturadas ao alimento do gado ou a aplicação de extratos das folhas ou sementes no dorso dos animais tem sido indicado para controle de carrapato e mosca do chifre. No Brasil se usam 5l de solução a 2% do óleo emulsionável ou 2,5-5% do extrato da folha, por animal. O óleo também pode ser encontrado na forma pour-on, indicando-se 10 ml/100kg peso vivo de animal.

Nos países onde o óleo é extraído também se prepara a pomada, feita com os resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizada no controle de sarna em animais e outras infecções da pele.

Preparo de Extratos

Os extratos podem ser preparados com a simples trituração das sementes ou frutos frescos, em água, deixando-se a mistura descansar por 12 horas e filtrando-se o líquido e pulverizando-se sobre as áreas infestadas. O mesmo procedimento pode ser usado para folhas, frescas ou secas, embora a azadiractina aí ocorra em menor concentração.

O óleo inseticida é extraído pela prensagem das sementes, obtendo-se no máximo 47% de óleo, que contém cerca de 10% da azadiractina existente no fruto. A torta restante é, pois, muito rica em azadiractina, tem efeito nematicida e serve como adubo orgânico. Pode, também, ser secada e utilizada posteriormente para preparo de extratos inseticidas, em mistura com água e filtração.

Para se armazenar sementes para preparar o extrato posteriormente, os frutos devem ser colhidos, secos ao sol por dois a três dias, e mais uns dois dias à sombra por dois dias e despolpados manualmente em água ou utilizando-se despolpadeira com café. Deixa secar bem e armazena, de preferência a baixa temperatura. As sementes que serão plantadas podem ser preparadas da mesma forma.

Doses

Ainda não há informações detalhadas sobre doses específicas para cada inseto. Entretanto, de modo geral, as seguintes doses têm apresentado eficácia no controle principalmente de pragas de hortaliças:

·  Óleo emulsionável: 5 ml/litro água

·  Sementes secas: 30 a 40 g /litro água

·  Folhas secas: 40 g a 50 g / litro água

 

O NEEM E A AIDS

A Aids uma doença letal, que tem vitimado milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil mais de 500.000 pessoas foram contaminadas desde seu surgimento em 80 e com tratamento que tem consumido cifras bilionárias.  Ao encontrar um Site com matéria que associava seu tratamento às propriedades do Neem, achei por bem divulga-lo. Quem sabe, algum médico que não conhece as possibilidades desta árvore se interesse, e passa a desenvolver experiências ou testes, visando alcançar a cura ou a melhora de pacientes portadores deste vírus. É uma fonte a mais. Portanto, eis o material.

O Neem possui propriedades imuno estimulantes não só para o sistema linfótico, como para o sistema de imunização das células. Quando células humanas infectadas pelo HIV foram cultivadas com extratos do Neem, a produção de proteínas virais  caíram dramaticamente. O Dr. Upadhyay e o Dr. Berre'Sinousi (um dos cientistas que identificaram o vírus da AIDS) acreditaram que extratos do Neem bloqueiam a produção de proteínas virais, desse modo, param a reprodução do vírus.

                         Estudo dos efeitos do extrato da casca e de folhas do Neem mostraram que eles reduziram significativamente a proteínaa viral P-24 e induziram, in vitro, a produção do interferon IL-1. O Instituto Nacional de Saúde, em estudos prelinamres, registrou resultados animadores de testes in vitro onde extratos da casca do Neem mataram o vírus da AIDS.

                         Outro efeito possível que o Neem pode ter no combate ao vírus da AIDS está na sua aparente habilidade de intensificar a reação imunológica  de células mediadoras à infecção. Usando extratos da casca do Neem encharcados em água, o Dr. Van Der Nat(Holanda) determinou que o extrato produz uma forte reação imunológica estimulante. O extrato da casca do Neem estimulou a função linfolítica, a qual aumentou a produção de MIF, um lymphokine que une macrophages e monocytes aos  agentes infecciosos. Considerando como a primeira linha de defesa contra a infecção do HIV, a capacidade do Neem de aumentar a reação imunológica das células mediadoras pode oferecer proteção quanto ao perigo de se contrair o vírus  pela vagina, isto, se o Neem for usado como um lubrificante antes da relação sexual.

                         Se apenas parcialmente eficaz na prevenção da AIDS, até que cientistas descubram a cura, o Neem poderia salvar inúmeras vidas.

                         Nos casos em que o HIV não tenha evoluído para um estado em que a AIDS seja incontrolável, em alguns pacientes verificou-se a intensificação da reação imunológica das células mediadoras que o Neem pode ajudar a produzir. No entanto, uma vez contraída, a AIDS pode ser tratada com a ingestão de extratos de folhas do Neem, de toda a folha, ou pela ingestão do chá do Neem.

                         Muitas das complicações associadas à AIDS podem também ser tratadas com folhas, casca e cremes do Neem. Lesões de pele ou sensações de queimaduras tem sido tratadas com sucesso com folhas do Neem, misturadas na água do banho e com loções contendo o óleo do Neem.

 

O NEEM E O SISTEMA IMUNOLÓGICO

                         O Neem, e em especial a sua casca, é conhecido por seus componentes polysaccharide immunomodulatory. Estes componentes parecem aumentar a produção de anticorpos. Outros componentes no Neem intensificam o sistema imunológico através da reação imunológica das células mediadoras, que são a primeira forma de defesa do organismo. Somente quando este sistema de defesa parece incapaz de deter um processo infeccioso, é que o sistema imunológico como um todo entra em ação.

                         O óleo do Neem age como um estimulante imunológico não específico que ativa a reação imunológica das células mediadoras. Isto, aliás, cria uma significativa reação a quaisquer desafios futuros pelos organismos infecciosos.   Quando o Neem foi injetado na pele, houve um aumento significativo nos glóbulos brancos (leucócitos) e o perioneal macrophages (fagócitos) mostraram intensa atividade patológica e manifestação dos antígenos MHC class II. A produção do interferon gama também foi induzida pela injeção. As células do Baço apresentam uma reação mais alta do lymphocyte a infecçÕes, mas não aumentaram a reação aos anticorpos ..

                         Extratos de folhas do Neem na água solúvel, quando administradas oralmente, produziram um aumento na quantidade de limphomatics, em que se contam células vermelhas e brancas tanto quanto os linfócitos. Em estudos sobre os efeitos do Neem no controle da natalidade, o fator principal neste efeito parece ser o aumento na reação imunológica, em que o Neem foi tido como a causa de o corpo rejeitar o feto como um corpo estranho.

AUmentando a reação imunológica celular, a maioria dos patógenos podem ser eliminados antes de causarem a sensação  de mal estar associada a doença. Este mecanismo também poderia ajudar em doenças que envolvem o sistema imunológico, como a AIDS. Ingerindo pequenas quantidades do pó da folha ou da casca do Neem dia sim dia não, ou bebendo um chá suave do Neem aumentará a produção de anticorpos e a reação imunológica de células mediadoras, ajudando a previnir infecções.

 

O NIM INDIANO

O Bioprotetor Natural

Junho de 2000

Engº Agrº José Luiz M. Garcia
M. Sc. Horticultura – Michigan State University
Consultor em Agricultura Alternativa
Membro da O.T.A ( Organic Trade Associaton )
Membro da I.F.O.A.M
Produtor Orgânico certificado pelo I.B.D.
Associado a A.A.O.

NIM INDIANO
O Bioprotetor Natural

Essa publicação destina-se a fornecer informações sobre a utilização do Óleo de Nim (Azadirachta indica) na Agricultura e Pecuária no controle de insetos, pragas e parasitas. Informações mais detalhadas poderão ser obtidas nas referências listadas ao final do trabalho.

Por que Bioprotetor Natural e não Inseticida Natural ?

O sufixo cida significa aniquilador, matador, assassino. O Óleo de Neem não é um produto com o tradicional efeito inseticida aniquilador característico das substancias petro-químicas largamente utilizadas na agricultura vez que não mata os insetos instantaneamente. Essa aparente desvantagem é, na verdade, uma grande vantagem conforme será devidamente explicado posteriormente. O Óleo de Neem não possui efeito nocauteador ( efeito “knock-down”) sobre os insetos e larvas. Também não funciona a longo prazo como os inseticidas biológicos tipo Bacillus turingensis (Dipel) dando margem a que os insetos continuem devastando a lavoura antes de morrerem. O seu efeito é imediato, porem, de outra forma, ou seja, ele atua imediatamente repelindo e/ou fazendo com que os insetos e larvas parem de se alimentar via efeito anti-alimentar (efeito “ anti-feeding”). Atua também via outros mecanismos a médio e longo prazo conforme será amplamente explicado adiante. Isso torna o Óleo de Neem um excelente aliado do agricultor no controle efetivo de insetos e pragas e o coloca em posição de destaque como uma nova categoria de produtos ecologicamente corretos para a utilização na agricultura do próximo milênio. O planeta Terra não tem mais condições de absorver as milhares e milhares de toneladas de produtos petro-químicos venenosissimos usados atualmente na agricultura convencional que todos nós sabemos irão gerar uma série de problemas de saúde. O Óleo de Nem demonstrou ser totalmente isento de efeitos nocivos a todos os animais de sangue quente, peixes e a 6 espécies diferentes de minhocas e demais organismos de solo. Ou seja, o óleo de Neem é um novo conceito em termos de controle de insetos e pragas que tem auxiliado milhares e milhares de agricultores conscientes em diversos países.

Os inseticidas sintéticos originários da petro-quimica matam indiscriminadamente os insetos e larvas, poluem o ambiente, intoxicam operadores, seus familiares, e até mesmo os consumidores e portanto, e por isso mesmo, tem sido repudiados a nível mundial. Não obstante serem extremamente tóxicos, esses produtos não conseguem de forma alguma controlar os insetos pois são formulados utilizando-se de apenas uma única molécula a qual é invariavelmente protegida por uma patente que dá direito ao seu detentor de comercializá-la a preços muitas vezes exorbitantes amparados que estão por registro efetuados junto a órgãos oficiais do governo. Isto é, o governo não só colabora como também oficializa e o que é pior monopoliza a venda desses produtos altamente tóxicos e portanto é fator determinante da intoxicação generalizada da população. Ocorre que os insetos , dotados de um maravilhoso mecanismo de defesa, desenvolvem resistência a esses venenos em apenas 3 gerações em alguns casos. Por isso é que em 1988 no E.P.A. ( Environment Protection Agency) já haviam cerca de 50.000 produtos químicos registrados para uso na agricultura porque a cada 3 gerações surgem novas variedades de insetos resistentes a essas moléculas isoladas e portanto novas moléculas tem que ser produzidas e patenteadas e colocadas no mercado.

Esse processo não tem fim. A cada ano surgem venenos mais e mais poderosos. Inseticidas e fungicidas que antes controlavam os problemas na ordem de 1 a 2 kg por hectare agora estão sendo fabricados para serem utilizados em doses de apenas 200 gramas por hectare. Esses tipos de moléculas são por assim dizer cerca de 10 vezes mais venenosas que as anteriormente utilizadas, porem as multinacionais as apresentam como mais “seguras” ao meio ambiente pelo simples fato de que se usa menos produto. Menos produto para um mesmo efeito significa maior toxicidade e não menor toxicidade. Isso é um escárnio e uma afronta a inteligência humana e cabe a você agricultor dar um grande e rotundo “Basta !” a toda essa situação. Isso agora é possível com a utilização do Óleo de Neem.

Vejam por exemplo um resumo dos efeitos nocivos dos inseticidas sintéticos:
1. Poluição ambiental.
2. Danos a saúde devido a níveis elevados ( ou mesmo baixos) de resíduos.
3. Destruição indiscriminada de insetos sem nenhuma consideração sobre o seu papel no meio ambiente muitas vezes benéfico, como no caso dos inimigos naturais.
4. Envenenamento de animais de sangue quente como pássaros, gado, criação em geral e pessoas que tenham contacto com os mesmos.
5. Desenvolvimento de resistência em insetos.
6. Ressurgimentos de certas pragas secundarias e/ou principais que estavam sendo anteriormente controlada por insetos que foram destruídos pelo agrotóxico. Com o seu desaparecimento houve menos concorrência e novas pragas, então, surgiram.


Qual o principal (ou principais) ingrediente ativo do Óleo de Neem ?

O Óleo de Neem exibe o seu poder controlador de insetos devido a uma série de ingredientes com características pesticidas ( 7 ).O seu principal grupo de ingredientes ativos é uma mistura de 3 ou 4 compostos bastante assemelhados porem conta , também, com 20 outros ingredientes menores mas que são bastante ativos de uma maneira ou de outra. Os principais ingredientes pertencem a uma classe de produtos naturais conhecidos como triterpenos mais especificamente limonoides ( 7 ). Até o momento,, pelo menos 9 limonoides extraídos do Neem demonstraram habilidade para inibir o crescimento e desenvolvimento dos insetos.
Novos limonoides estão sendo descobertos porem a azadirachtina, salanina, meliantriol, e a nimbina são os mais conhecidos ( 9 ).
A Azadirachtina foi um dos primeiros princípios ativos a serem isolados do Neem e já provou ser o principal ingrediente no combate aos insetos. Atribui-se a Azadarachtina cerca de 90% dos efeitos causados nos insetos e é, por isso mesmo, utilizada como padrão de qualidade quando da utilização de óleos de Neem de diversas procedências .

A Mercosur só utiliza óleos de Neem cuja concentração estejam acima de 1.500 ppm de Azadarachtina para a preparação de emulsionados.

A Azadarachtina não mata instantaneamente os insetos porem os impede de continuarem se alimentando. Alem disso, interfere no seu desenvolvimento e já demonstrou ser um dos mais potentes reguladores de crescimento de insetos pesquisados nos últimos 20 anos ( 9 ).

Essa substancia repele ou reduz a ingestão de alimentos de varias espécies de insetos prejudiciais as lavouras bem como de alguns nematóides ( 9 ). Na verdade ela é tão potente que um simples traço da sua presença impede que alguns insetos cheguem até a tocar as plantas.

A Azadarachtina é estruturalmente similar ao hormônio chamado “ecdysona” que controla o processo de metamorfose das diversas fases da vida do inseto ( larva, pupa e inseto adulto).

Ela afeta o Corpus cardiacus, um órgão semelhante a glândula pituitária na espécie humana, que controla a secreção de hormônios. A metamorfose requer uma sincronia perfeita de vários hormônios e outras mudanças fisiológicas para ser bem sucedida e a Azadarachtina é um bloqueador de “ecdysona”. Ela bloqueia a produção e a liberação desse hormônio vital para os insetos. Os insetos então não fazem a “muda” ou mudança de uma fase para outra, interferindo no seu ciclo de vida.

O melantriol é um outro inibidor alimentar que em concentrações extremamente baixas tem o efeito de paralisar a alimentação dos insetos. Esse seu efeito foi pela primeira vez demonstrado nos gafanhotos. A salanina foi o terceiro terpenoide a ser isolado do Neem.

Estudos indicaram que a salanina é também extremamente poderosa na sua ação anti-alimentar porem não interfere na metamorfose. O gafanhoto migrador, besouro listrado do pepino, moscas domésticas e o besouro japonês foram bastante afetados tanto em testes de laboratório quanto em testes de campo. A Nimbina e Nimbidina tiveram o seu efeito anti-viral demonstrado. Elas afetaram o vírus X da batata, vírus da vaccinia e vírus fowl pox. Existe a possibilidade desses dois ingredientes serem usados no controle dessas viroses em lavouras e animais.
Certos ingredientes menores também possuem efeito anti-hormonal. A pesquisa também demonstrou que alguns desses ingredientes menores conseguem até paralisar o mecanismo de deglutição, desta forma impedindo os insetos de se alimentarem. Dentre esses limonoides secundários foram isolados o deacetylazadarachtinol que demonstrou ser eficaz contra a lagarta do broto do tabaco.

Qual o mecanismo de ação do Óleo de Neem nos insetos ?


Até o momento já foram descritos na literatura científica os seguintes efeitos :
- Repelente de larvas e adultos.
- Inibindo ou impedindo o desenvolvimento de ovos, larvas ou pupas.
- Bloqueio da “muda” de larvas ou ninfas.
- Impedindo a comunicação sexual e o acasalamento.
- Impedindo que fêmeas depositem os ovos.
- Esterilizando insetos adultos.
- Envenenando larvas e insetos adultos.
- Inibindo a alimentação.
- Bloqueio da habilidade de deglutir, isto é redução da motilidade intestinal.
- Perturbação da metamorfose nas várias etapas.
- Inibindo a formação de quitina
Qual o mecanismo de ação da Azarachtina ?
Os vários estudos demonstraram que o mecanismo de ação da Azadarachtina pode ser conforme abaixo relacionados ( 9 ) :
1. Efeito Anti-alimentar via oral.
a) Principal : Inibe a atividade dos receptores de sensibilidade gustativa da cavidade oral, modifica a ingestão normal de alimentos e a capacidade alimentar prospectiva dos Insetos.
b) A ingestão de princípios ativos junto com o alimento conduz a inanição e morte.
2. Ação Dermal. Penetra através da cutícula dos insetos e inibe a síntese de quitina, provocando, então desidratação e morte.
3. Efeito Repelente . Devido a mudanças no comportamento locomotor e estacionário dos insetos, em alguns casos o acasalamento, assim como a comunicação sexual é afetada.
4. Efeito Destruidor do Crescimento . Pela inibição do crescimento normal do inseto por meio da interferência nos ciclos de mudança . Suprime a atividade da ecdysona e a larva não efetua a mudança de fase, mas fica na fase jovem para sempre até que eventualmente morre.
5. Efeito na sobrevivência e reprodução pela ação inibidora da ovoposição. Quando a fêmea atinge o período de postura do seu ciclo de vida, a ovoposição é suprimida ou inibida.
6. Efeito no Sistema Endócrino. Os extratos de Neem são acumulados no sistema neurosecretório do inseto, e por cruzarem a barreira cerebral , são concentrados no corpus cardiacus , resultando em uma menor utilização das proteínas neuro-secretórias.
Há quanto tempo já se utiliza o Óleo de Neem na agricultura ?
Embora a utilização do Neem na medicina Ayurveda esteja mencionada em escritos sanscritos de milhares de anos de idade a sua utilização na agricultura é de certa forma recente. A habilidade do Neem em repelir insetos foi pela primeira vez descrita na literatura cientifica em 1928 e 1929. Dois cientistas Indianos, Dr. R.N. Chopra e Dr.M.A. Husain usaram uma solução aquosa contendo 0,001% de frutos secos moídos para repelir gafanhotos do deserto ( 9 ).
Porem a sua real importância somente foi demonstrada em 1962. Naquele ano, em testes de campo efetuados em Nova Delhi, S. Pradhan pulverizou diversas espécies de plantas com uma solução de frutos de Neem . Ele observou que embora os gafanhotos pousassem sobre as plantas tratadas eles se recusavam a come-las e que esse efeito durava até 3 semanas após o tratamento. Alem do mais ele observou que o extrato do fruto de Neem era ainda mais eficiente do que os inseticidas químicos convencionais utilizados naquela ocasião e que o seu efeito repelente era tão forte quanto o seu efeito pesticida. Nos campos tratados com inseticidas químicos adjacentes os insetos morreram mas não sem antes terem devorado as plantas.
Os efeitos reguladores do crescimento foram independentemente observados na Inglaterra e no Kenia em 1972. Na Inglaterra, L.N.E. Ruscoe, na época um funcionário da I.C.I. , testou Azadarachtina em insetos prejudiciais a lavouras como Borboleta branca do repolho ( Pieris brassicae) e besouro manchador do algodão ( Dysdercus fasciatus) e notou efeitos de regulação de crescimento em todos os casos. Naquele mesmo ano, no Kenia, um estudante de pós graduação alemão , K. Leuschner trabalhando na Estação Experimental de Café ( Coffee Research Station) de Upper Kiamu observou que um extrato metanolico da folha do Neem controlava o bezouro do café (Antestiopsis orbitalis bechuana) por meio de efeito regulador de crescimento. A maioria das ninfas tratadas no estágio quinto instar morriam nas mudas subsequentes e as poucas que sobreviveram tiveram mal formação de tórax e asa na fase adulta.
Os efeitos de redução da fecundidade dos insetos foi demonstrado por R. Steets, outro estudante de pós graduação, e H. Schmutterer na Alemanha. Eles observaram e eficiência do Neem em bezouro mexicano do feijão ( Epilachta varivestis) e bezouro da batata Colorado ( Leptinotarsa decemlineata) cuja ovoposição foi reduzida quase que a zero. Algumas fêmeas foram quase que esterelizadas e esse efeito era irreversível ( 9 ).
Em que parte da arvore do Neem concentra-se a maioria dos ingredientes ativos ?
Os ingredientes ativos da arvore do Neem encontram-se presentes em quase toda a planta.
Entretanto, é no fruto que eles se encontram em maior concentração e notadamente no óleo que é extraído desses frutos.
Quais os principais insetos ou classes de insetos controlados pelo Óleo de Neem ?
Em 1990, pesquisadores relataram que os extratos de Neem afetavam quase 200 espécies de insetos (7). Outros autores relatam até 400 espécies de insetos ( 9 ) nas ultimas duas décadas como sendo afetados pêlos ingredientes ativos do Neem.
Classe Orthoptera:
Compreende gafanhotos, grilos, esperanças, etc.... Nessa classe de insetos o efeito anti-alimentar é bem marcante. Varias espécies se recusam a comer plantas tratadas com neem por vários dias e algumas vezes até varias semanas.
Classe Homoptera:
Afídeos (pulgões), moscas brancas, psyllids, cochonilhas, e outros insetos dessa classe são sensíveis ao neem em diversos graus de eficiência. É interessante ressaltar que os ingredientes ativos do Neem podem influenciar a habilidade dos homopteros de serem portadores e de transmitirem certas viroses. Esse efeito já foi observado em arroz com o virus “tungro” transmitido por homopteros.
Classe Thysanoptera:
O Neem tem demonstrado ser muito eficiente em larvas de trips que ocorrem no solo. Entretanto, uma vez que os insetos adultos tenham se estabelecido nas plantas eles passam a ser menos suscetíveis aos extratos de Neem. As formulações oleosas mostraram-se mais eficientes em alguns ensaios talvez devido ao fato de que o óleo cobre e sufoca esse tipo de insetos.
Classe Coleóptera:
As larvas de todos os tipos de besouros, especialmente os fitófagos coccinelideos, e crisomelideos, são bastante afetados pelo óleo de Neem. Eles se recusam a comer plantas tratadas, crescem devagar, e alguns são mortos ao contato com os princípios ativos.
Classe Lepdoptera:
Resultados de inúmeros ensaios de campo, notadamente com traças, demonstraram que as larvas de diversos lepidópteros são altamente suscetíveis ao Neem . Tudo indica que pragas como lagartas militares, brocas de fruto, broca do milho, e pragas afins serão os principais alvos do óleo e dos extratos de Neem no futuro. O Neem os impede de se alimentarem porem esse efeito é menos marcante do que os danos ao crescimento e desenvolvimento que ele causa. Até o momento todos os resultados de campo, em São Paulo, com o nosso produto tem sido bastante animadores. Todos os produtores relatam uma diminuição sensível no ataque de lagartas e traças.
Classe Diptera:
Varias espécies de dipteros como mosca de frutas, mosca dos chifres, e moscas domesticas são também um bom alvo para Óleo de Neem. Em São Paulo, já temos resultados de campo que comprovam a eficiência do nosso emulsionado de óleo de neem em moscas de frutas em maracujá. Foi observado, que a mosca dos chifres não se desenvolve em esterco tratado com pulverizações de Óleo de Neem.
Classe Himenoptera -
Efeitos anti-alimentar e desregulando a crescimento. Suscetível.
Classe Heteroptera -
Insetos sugadores que atacam diversas lavouras como café, arroz, hortaliças. São afetados. As propriedades sistêmicas do Neem afetam o seu habito alimentar e desregulam o seu crescimento e desenvolvimento.
Insetos Domésticos -
Baratas são bastante afetadas pelo Óleo de Neem. Ele mata os insetos jovens e inibe os adultos de efetuarem a ovoposição. Larvas impregnadas com óleo de Neem funcionaram em diversas espécies de barata incluindo a B. germânica
Pragas e Insetos de Produtos Armazenados -
O Neem tem demonstrado um potencial excelente para a utilização em produtos armazenados.
Aliás, esse é uma das suas utilizações mais antigas na Ásia e a literatura está repleta de ensaios bem sucedidos. Houve controle de 3 a 6 meses em produtos armazenados tanto com o óleo quanto com o pó da folha. Espécies de Sitophilus e Tribolium são controladas com sucesso por preparações contendo ingredientes ativos da planta do Neem.


Há quanto tempo se utiliza o Óleo de Neem no Brasil ?


No Brasil o fomento ao Neem começou com a ajuda prestada pela GTZ, empresa estatal alemã, destinada a promover a redução de produtos tóxicos na agricultura, que injetou recursos na CATI criando o projeto “ Solo Vivo”. Nessa época o Eng. Agr. Helcio de Abreu Jr., o grande e incansável divulgador dessa arvore no Brasil, teve o seu primeiro contato com o Neem, embora essa planta já tivesse sido introduzida pelo I.A.C. ( Instituto Agronômico de Campinas) há 28 anos atrás pela seção de Plantas Medicinais que ainda possui a arvore de Neem mais antiga do Brasil nos fundos da referida seção. Posteriormente, e de forma tímida, foram feitas algumas importações do óleo de Neem da América Central porem o preço era exorbitante e dificultava o acesso dos produtores a esse importante insumo ecológico.

Será que os insetos irão desenvolver resistência ao Óleo de Neem ?


Todos os autores consultados são da opinião que será extremamente difícil aos insetos desenvolverem resistência aos ingredientes ativos do Óleo de Neem devido ao fato de serem inúmeros ( cerca de 40 ingredientes ativos) e da forma como os mesmos atuam.
Alguns dos ingredientes ativos são bloqueadores da ecdysona que é um hormônio natural.
Fica extremamente difícil aos insetos desenvolverem qualquer tipo de resistência quando inúmeros mecanismos são afetados ao mesmo tempo. Em ensaios conduzidos com o fim específico de desenvolver resistência nos insetos demonstrou-se ser essa possibilidade muito remota. Traças do repolho após 35 gerações consecutivas expostas ao Neem continuaram a exibir a mesma suscetibilidade aos princípios ativos.

O que pensam as organizações mundais como a F.A.O. sobre o Óleo de Neem ?

Diversas organizações internacionais como a GTZ da Alemanha tem promovido a pesquisa cultura e difusão do Neem como uma forma de reduzir a utilização de inseticidas sintéticos na agricultura principalmente no países do terceiro mundo, já que no primeiro mundo eles contam com mecanismos eficientes que coíbem a utilização desses produtos venenosos. Um exemplo disso é o Baysiston , da Bayer, que está proibido na Alemanha, sede daquela empresa, mas que continua sendo vendido no Brasil matando agricultores em todo o pais todos os anos. O Conselho Nacional de Pesquisas ( National Research Council) de Washington, USA, chamou o Neem de “a arvore para resolver os problemas globais”.

A FAO ( Food and Agriculture Organization ) chamou o Neem de “ uma das maiores dádivas para a humanidade”. Recentemente, a Inglaterra rejeitou um pedido de uma empresa americana que pretendia “patentear” a planta do Neem para poder auferir lucros exclusivos sobre essa fonte inesgotável de recursos e verdadeira dádiva a humanidade.


O Óleo de Neem é tóxico ao homem e a vida silvestre ?

Até o momento não foram encontrados nenhum efeito tóxico a animais de sangue quente incluindo pássaros, a peixes, a minhocas e demais organismos de solo. Em 1985 o E.P.A. (Environment Protection Agency) aprovou o produto comercial Margosan-A para controle de trips, moscas brancas, minadores de folha, lagartas em geral, pulgas, traças, broca de chifre, baratas, lagartas militares em estufas, viveiros, florestas e residências com base em estudo de toxicidade realizado com essa finalidade. Esse produto é um extrato dos frutos do Neem.
Os dados sobre toxicidade são inúmeros. Par ilustrar podemos citar que em testes com abelhas o Neem demonstrou não afetar nem esses insetos benéficos quando em aplicações diretas.
As doses letais LD 50 em diversos animais sempre ficavam acima das maiores dosagens aplicadas e portanto nunca eram determinadas pois os animais não morriam. Os extratos também demonstraram não ser mutagenicos em testes de mutagenecidade.

O Óleo de Neem destrói os Inimigos Naturais ?

Insetos que se alimentam de pólen como borboletas adultas e abelhas recebem uma dosagem diminuta de Neem que parece não os afetar. Alem do mais, em teste voluntário para registro do produto Margosan-A, ficou demonstrado que nem aplicações diretas contra as abelhas causou nenhum problema para esses insetos.
Estudos com minhocas demonstrou que o Neem pode até ter efeitos positivos sobre esses animais de solo. A taxa de crescimento da minhocas foi maior quando se usou folhas de neem ou torta da semente de neem misturados ao solo. No Hawaii, os cientistas descobriram um exemplo maravilhoso da sutileza dos efeitos do óleo de neem. As moscas de fruta, que anualmente causam grandes prejuízos aos agricultores, foram testadas para se determinar a sua suscetibilidade aos ingredientes ativos do Neem . Enquanto, as frutas amadureciam nas arvores, os insetos jovens no interior dos casulos desenvolviam-se no solo. Pulverizando-se o solo com uma solução de Óleo de Neem o desenvolvimento das larvas era totalmente paralisado. Porem , um parasita natural da mosca de frutas, um certo tipo de ichneumon que parasita os casulos e é utilizado no controle biológico, não era afetado provando ser resistente ao neem. Os predadores que são utilizadas como controle biológico , ao que tudo indica, são resistentes ao Neem ( 6 ).

Com o somatório de informações que dispomos até o momento permite-nos afirmar que o Óleo de Neem não representa um perigo iminente aos inimigos naturais e aos insetos benéficos demonstrando, mais uma vez, o extraordinário potencial dessa planta para toda a humanidade.

Qual a melhor dosagem do Óleo de Neem ?

O Neem é extremamente ativo como regulador hormonal mesmo a concentrações baixissimas.
Em alguns estudos, concentrações menores que um décimo de ppm ( parte por milhão) nas soluções foi suficiente para proteger eficientemente as plantas tratadas ( 9 ). Essa concentração é equivalente a 0,00001 por cento ou aproximadamente uma colher de chá de neem para 4.000 litros de água. Alguns insetos começam e se desinteressar por algumas plantas mesmo a essas concentrações baixíssimas.
Nesse particular o produtor deve testar o Neem e descobrir por si mesmo a dosagem mais econômica. São centenas de culturas e milhares de insetos nas mais diversas condições de cultivo. Isso propicia milhões de diferentes situações e a pesquisa jamais irá responder a sua questão especifica a menos que a sua lavoura tenha uma importância econômica muito grande e a menos que o governo decida que já chega de intoxicar a população e começe a pesquisar formas menos tóxicas de controle de insetos.
Na prática recomenda-se concentrações de Óleo emulsionado que variam de 0,5 até 1%.
Entretanto, fica o lembrete de que o Óleo de Neem emulsionado poderá apresentar resultados em concentrações bem inferiores.

O Óleo de Neem tem efeito por contacto ou é um produto sistêmico

As duas coisas.
Os ingredientes ativos ficam depositados na superfície das plantas mas também são absorvidos pelas plantas. O fato dos extratos de plantas poderem ser absorvidos e
consequentemente conferir uma defesa de dentro para fora é talvez uma das características do Neem mais interessantes. O nível da atividade sistêmica difere de planta para planta e de uma formulação para outra. Extratos que não contenham óleo, com pouco óleo e com muito óleo exibem diferentes níveis de ação sistêmica.
Quais as formas de aplicação do Óleo de Neem ?
O Óleo emulsionado é geralmente pulverizado sobre as plantas com pulverizadores costais, ou motorizados. Pode-se usar também atomizadores e recentemente foram feitos testes com maquinas geradorasde fumaça ou “fog” na qual o produto é usado na forma pura sem diluição.
No caso de moscas é comum a preparação de iscas atrativas com açúcar.
É iqualmente relatada a aplicação via injeções em troncos de arvores ( 6 ) para controle de lagartas minadoras de folha. Também utiliza-se a pulverização do solo ao redor de arvores e plantas para controle de traças que completam o seu ciclo no solo no interior de casulos.

Deve-se usar espalhante adesivo junto com o Óleo Emulsionado de Neem ?

Não há necessidade alguma de se usar espalhante adesivo com a emulsão de Óleo de Neem pois os emulsionantes possuem características químicas semelhantes aos espalhantes adesivos exercendo o mesmo papel que estes na superfície das folhas.

De quanto em quanto tempo se aplica o Óleo de Neem ?


Aqui também estamos diante de uma situação que irá requerer a participação ativa do produtor. A pesquisa ainda não respondeu a essa pergunta. Algumas experiências demonstraram que o efeito anti-alimentar persiste por até três semanas após a aplicação.

Alguns produtores aplicam pulverizações semanais e acham que essa frequencia é a ideal. Cada caso irá requerer um estudo individualizado. A regra geral é quanto menos aplicações melhor. Também existem diferenças básicas entre cultivos protegidos em estufas e à campo, de formas que não é possível ter-se uma recomendação geral para todas as culturas e em todas as situações de cultivo.

O Óleo de Neem é compatível com outros produtos ?

O Óleo emulsionado de Neem para fins agrícolas é compatível com a maioria dos insumos aplicados na Agricultura Orgânica. Entre os produtos compatíveis podemos citar o
Biofertilizante, o acido pirolenhoso, alguns fertilizantes foliares à base de Cálcio e Boro como o CaB2. Entretanto, não recomendamos a sua aplicação nem com a Calda Bordaleza e nem com a Calda Sulfocalcica devido a sua reação alcalina. Entretanto, esta recomendação não está amparada em pesquisas cientificas sendo necessário e urgente pesquisar-se esse aspecto para posterior analise.
A combinação do óleo de Neem com inseticidas biológicos à base de Bacillus thuringensis ( Dipel) tornam o controle ainda mais eficiente.
Como escolher qual o produto a ser comprado já que não existe produto registrado no mercado?
Embora já existam produtos a base de Neem registrados em outros países , o que prova a eficiência desse produto, no Brasil o processo é bastante demorado e caro. Estima-se que o custo de registro de um produto no Ministério da Agricultura esteja entre US$ 75.000,00 a US$ 250.000,00. Além do mais é amplamente conhecido o fato de que apenas umas poucas firmas multinacionais tem acesso a esses registros. Diversas firmas brasileiras do ramo de Agrotóxicos tem movido repetidos processos judiciais contra o Ministério da Agricultura por se sentirem prejudicadas com esse sistema injusto. Alem do mais os custos de registro terão que ser fatalmente repassados ao consumidor final. E pergunta-se: Para quê ? Para provar o que todo o mundo já sabe ? Que o Óleo de Neem é um eficiente protetor natural contra os insetos ? Para corroborar mais de duas décadas de pesquisas científicas ? Para corroborar o que milhares de usuários satisfeitos em todo o mundo estão dizendo sobre o Óleo de Neem ? Para redescobrir a pólvora ?

A maioria do produtores que se preocupam com o meio ambiente são reconhecidamente inteligentes ao ponto de reconhecerem que esse sistema institucionalizado de registros de produtos para a lavoura é mais um escândalo nacional e falar-se em registro para produtos naturais é mais outra grande hipocrisia, sem mencionar-mos o aspecto estritamente ditatorial que esses registros impõe ao seu direito de optar. Ou seja, não se pode usar o que se bem deseja, mas sim o que eles querem que você use ou permitem ( por meio de registros). Isso tem um só nome : Ditadura!. Infelizmente, não podemos concordar com esse tipo de procedimento.
Multinacionais ávidas por lucro irão tentar monopolizar mais essa fonte natural para o controle de insetos tentando nos escravizar mais e mais ( 6 ). Porem cabe a todos nós repudiar mais essa tentativa.
Entretanto, o consumidor consciente tem que saber como proceder pois haverão muito em breve os aproveitadores que tentarão tirar proveito da boa reputação do óleo de Neem e tentarão vender produtos de inferior qualidade e com baixo teor de Azadarachtina.

Por isso adquira sempre esse produto de pessoas que já tenham uma reputação comprovada no meio da agricultura orgânica. No final desse trabalho existe uma lista de revendedores nos quais o Óleo de Neem poderá ser adquirido.
O Óleo de Neem é um produto permitido pelas organizações certificadoras de Agricultura Orgânica no Brasil ?
Sim, o Óleo de Neem é autorizado por todas as certificadoras orgânicas a nível mundial sem nenhuma exceção.
Que cuidados devemos ter para a melhor utilização do Óleo de Neem ?
Os princípios ativos do Óleo de Neem são sensíveis a luz e ao calor . Portanto, mantenha as embalagens e locais frescos e ao abrigo da luz. Durante o inverno, em locais frios, o Óleo de Neem se solidifica e por isso temos que nos certificar que a emulsão esteja dissolvida antes de formular a pulverização. A Azadarachtina tende a se concentrar no fundo do frasco e pro isso deve-se sempre agitar o frasco de emulsão muito bem agitado antes de utiliza-lo.
A pulverização deve cobrir bem a folha pois o produto só funcionará onde os princípios ativos atingirem de fato a superfície da folha.

Devo usar o Óleo de Neem da mesma forma que antes utilizava os inseticidas agrotóxicos ?

Não. Em hipótese alguma. Nada irá substituir o cuidado com o solo que é base de tudo.
Nada irá substituir uma nutrição adequada à planta bem como os demais cuidados a serem observados tanto numa produção orgânica como em uma convencional como rotação de culturas, preparo mínimo de solo, correção de acidez de forma adequada (evitando-se o excesso de magnésio e uma boa relação entre Ca:Mg), irrigação adequada, equilíbrio entre os diversos nutrientes, seleção adequada de variedades, adaptação da cultura à região, etc.

Que outras medidas devo adotar para melhorar o controle de insetos na minha lavoura ?

Hoje é sabido que os insetos só se sentem atraídos por aquelas plantas que sinalizam a eles de alguma forma que precisam ser eliminadas. Essa é a lei inexorável da natureza. Os mais fracos tem e devem ser eliminados. Pesquisas recentes ( 1, 2, 5 ) demonstraram que algumas plantas exalam quantidades mínimas de álcool e amônia sinalizando, então, aos insetos a sua agonia e como que “pedindo” para serem eliminadas. Por outro lado, especula-se também que o nível de proteína na planta é fator desencorajador ao ataque de insetos e que os micro nutrientes teriam um papel decisivo na conversão dos amino-ácidos livres à proteínas. Dessa forma, reveste-se de grande importância o papel dos micro nutrientes ou elementos traço na nutrição vegetal. É amplamente reconhecida a importância e o valor dos biofertilizantes na nutrição vegetal, como uma das formas de se conferir ao mesmo uma maior resistência ao ataque de insetos devido a uma boa suplementação nutricional. Entretanto, mesmo o melhor dos biofertilizantes não irá conter todos os elementos traços requeridos para uma nutrição vegetal perfeita, razão pela qual se preconiza a aplicação de fontes fósseis de microelementos como carvões fósseis ( xisto, linhito, turfas ) bem como de rochas de reconhecido valor nutricional para as plantas com forma de repor ao solo os elementos traços perdidos ao longo de milhares de anos de intemperização dos nossos solos tropicais.


Literatura Citada
1.Andersen, A.B. Ph.D. Science in Agriculture.Acres U.S.A. ,376 pp, 2.000.
2. Callahan, P. S. Ph.D. Paramagnetism.
Rediscovering Nature´s Secret Force of Growth Acres U.S.A. , 128 pp, 1995
3. GTZ. Neem. A Natural Insecticide.”Gewinnung naturlicher Insektizide aus tropischen Pflanzen”, Deutsche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ), 34 pp., Eschborn, sem data.
4.KONPHALINDO. National Consortium for Nature and Forest Conservation in Indonesia.National Conference on Biopesticides with emphasis on Neem., GTZ - Deutche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, 132 pp., Eschborn, 1998.
5. Lisle, Harvey. The Enlivened Rock Powders. Acres U.S.A. , 194 pp, 1994.
6.Norten, Ellen. NEEM. India´s Miraculous Healing Plant. Healing Arts Press., 92 pp., 2.000.
7.Puri, H.S. NEEM. The Divine Tree. . Medicinal and Aromatic Plants - Industrial Profile, Harwood Academic Publishers, 182pp., 1999.
8.Proceedings of a Seminar held in Dodowa.The Potentials of the Neem Tree in Ghana. GTZ - Deutche Gesellschfat fur Zusammenarbeit (GTZ) GmbH., Division 45, Rural Development, Working Field : “Non-synthetic Pesticides “,129 pp., Eschborn, 1988.
9.Report of an Ad Hoc Panel of the Board of Science and Technology for International Development. NEEM. A Tree For Solving Global Problems. National Research Council, National Academy Press, Washington, D.C. 139 pp., 1992.
10..Schmutterer, H & K.R.S. Ascher. Natural Pesticides From The Neem Tree and Other Tropical Plants.,Proceedings of the Third International Neem Conference, Nairobi, Kenia, GTZ - Deutche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH., 703 pp.,Eschborn 1987.

Algumas pragas que o Dalneem controla

Agrotis ipsilon (Lagarta rosca)

-         Algodoeiro, soja, cana-de-açucar, milho, fumo, mamona, batatinha, melancia, melão, pepino, abóbora, couve, couve-flor, brócolis, cravo, crisântemo, gerânio, margarida, violeta, samambaia, avenca, cóleo, alface, alcachofra, almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga, cebola, alho, maranguinho, tomate, berinjela, pimentão, eucalipto, pinheiro-do-paraná.

Aleurothixus floccosus (Mosca branca)

-         Citrus

Aphis gossypii (pulgão)

- Algodoeiro, cacaueiro, quiabeiro, batatinha, flores e folhagens

Brevicorne brassicae (Pulgão)

-         Couve, couve-flor, brócolis

Callosobruchus maculatus (caruncho)

-         Grãos

Conotrachelus (Broca dos frutos)

-         Cacaueiro, gorgulho da goiaba, gorgulho da jaboticaba

Diabrótica (Vaquinha)

-         Cana-de-açucar, soja, banana, batatinha, melancia, melão, pepino, abóbora, tomate, berinjela, pimentão

Dysdercus spp (Manchadores)

-         Algodoeiro

Ephestia elutella (lagarta)

-         Soja, fumo, cacau

Heliothis virescens (Lagarta das Maças)

-         Maçã, erva-mate

Hypsipyla grandella (Broca do Cedro)

-         Cedro, mogno

Lasioderma serricorne (Besouro)

-         fumo, soja (faz galeria nos fardos)

Panonychus citri (Ácaro purpúreo)

-         Citrus

Planococcus Citri (Cochonilha Branca)

-         Citrus, cacau, cereja

Plutella xylostella (Traça das crucíferas)

-         Couve, couve-flor, brócolis

Rhyzopertha dominica (Besourinho 

-         Arroz, trigo, sorgo

Rhopalosiphum maidis, padi (Pulgão do café)

-         Milho, trigo, aveia, cevada

Saissetia coffeae (Cochonilha parda 

-         Café, citrus, flores e folhagens

Schitocerca sp (Gafanhoto)

-         Pastagens

Sitophilus oryzae (Gorgulho)

-         Arroz, milho, sorgo, trigo

Sitotroga cerealella (Traça dos cereais)

-         Arroz, trigo, sorgo, milho

Spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho do milho, lagarta do solo)

-         Milho, arroz, cana-de-açucar, soja, trigo, aveia, cevada, batatinha, alface, alcachofra, almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga, cenoura, etc...

Stegobium paniceum (Besouro)

-         Cereais e sub-produtos, farinhas, farelos, fubá, etc... 

Tribolium cataneum, confusum (Besourinho)

-         Cereais moído, trigo, rações, farinha

Outros

-         Traça do tomateiro

-         Berne, carrapato, mosca-do-chifre

-         Larva de trips

-         Aphids – Endoparasita de pulgões

Obs- Até o momento foram cadastrados mais de 200 pragas que o nim controla, porém muitas não ocorrem no Brasil. Portanto o conhecimento do controle de novas pragas acontecerá somente a medida que o agricultor adotar o uso do Nim no seu dia a dia.

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