DalNeem
-Introdução
Pesquisadores
descobriram que o neem age tanto na área de Pesticidas, como
na área medicinal. Descobriu-se que as sementes do Neem
combatem mais de 200 espécies de insetos, pragas, baratas,
traças, pulgões, dentre outros. Neem, uma árvore para
resolver problemas globais. A árvore é provavelmente a
melhor fonte de biopestiçida existente. É um presente de
Deus. Uma árvore que pode ajudar a todos. Surpreendentes
propriedades de curam têm sido atribuídos ao neem por
antigos autores sânscritos. Na verdade, a árvore tem servido
como um dispensário nas áreas rurais e assegurou seu lugar
na farmacopéia indiana. Devido a efeitos colaterais
provocados por pesticidas sintéticos, a tendência atual é o
uso de um pesticida natural. Mais de 2400 plantas são
conhecidas por suas propriedades pesticidas, mas somente o
Neem oferece um controle efetivo dos insetos que causam perdas
nas agricultura sem afetar o meio ambiente. Várias partes da
árvore têm sido usadas na Índia há vários milênios com
propósitos medicinais. A Ayurveda considera a árvore como
uma SARVA ROGHA NIVARANI ( Cura de todos os males).
Sua
casca é receitada para febre , reumatismo, dores,
lombares, etc. O óleo é usado no tratamento de tétano,
urticária, eczema, escrófula, erisipelas, e nos
estágios iniciais da lepra. O suco de folhas do
neem é usado para expelir lombrigas, curar icterícia,
e doenças da pele. Os pequenos galhos da árvore
do neem são usados em muitas comunidades como as
escovas de dentes descartáveis que ajudam na
preservação dos dentes. Vento soprando nas
folhas da árvore de neem é de grande beneficio
para pessoas nas redondezas. A árvore é muito
estimada pelos Indianos. Folhas de neem mantida
entre roupas de lã ou de seda dobradas as
protegem de insetos. Antes da era dos inseticidas
sintéticos, o miolo do neem era usado para
proteger as plantações contra ataque de insetos.
Descrição
A árvores do neem são frondosas e podem alcançar
30 m de altura e 2,5 m de circunferência. As
distribuiçôes de seus galhos formam coroas de até
10 m de diâmetro Os galhos quase sempre
permanecem cheios de folhas, exceto durante uma
forte seca, quando as folhas podem cair. Seu
tronco, geralmente reto e curto, tem uma casca
grossa, forte e enrrugada. As raízes penetram
profundamente no solo, e quando lesadas, produzem
rebentos. Esses rebentos tendem a ser prolíficos
em localidades secas. As pequenas flores brancas e
bissexuais nascem em cachos e seu aroma parecido
com o do mel atraem as abelhas. Seu fruto é macio
e tem a forma elíptica e mede em torno de 2 cm de
comprimento. Quando maduro fica amarelado e contém
uma polpa doce envolvendo a semente. A semente é
composta de uma concha e um miolo. As vezes 2 ou 3
miolos cada um pesando a metade do peso da
semente. É o miolo o mais usado como pesticida. A
árvore do neem normalmente começa a produzir
frutos após 3 a 5 anos. Torna-se completamente
produtiva em 10 anos e, daí em diante pode
produzir até 50 quilos de frutas pôr ano. Esta
árvore pode viver até 200 anos.
Distribuição
O neem é nativo em todo o subcontinente Indiano.
É na India que a árvore é mais amplamente
explorada. Ela é cultivada desde a ponta do
Kerala até o Himalaia, em regiões tropicais e
subtropicais, em regiões áridas até nas
tropicais úmidas e desde o nível do mar até 700
m de altitude. O neem foi introduzido na África
no inicio do século. Agora está sendo cultivado
em pelo menos 30 países , principalmente naqueles
ao longo da costa sul do deserto do Saara, onde se
tornou um importante fornecedor de combustível e
madeira. Foi introduzida em Fidji, Caribe, e em
muitos países da América central e da América
do sul.
Propagação
A árvore é de fácil propagação, tanto sexual,
quanto vegetativamente, pode ser plantada
usando-se sementes, mudas, rebentos, ou cultura de
tecidos. No entanto é normalmente cultivada a
partir de sementes plantadas diretamente ou
transplantadas como mudas de um viveiro.
Problemas
com o neem
Fogo mata as mudas de neem instantaneamente.
Fortes ventos são problemas em potencial. Árvores
grandes frequentemente caem durante furacões,
ciclones, ou tufões. A regenerações das mudas
do neem sob galpões são sensíveis à súbita
exposição de intensa luz solar. Em algumas
localidades, ratos e porcos espinhos matam as árvores
jovens roendo sua casca ao redor da base.
Propriedades
Fungicidas
O neem provou ser eficaz contra certos fungos que
infectam o corpo humano tais fungos são um
problemas crescente e difíceis de serem
controlados por fungicidas sintéticos. São
exemplos de alguns fungos combatidos pelo neem-
Trichophyto: Pé-de-atleta que infecta tanto a
pele quanto a unhas.
Epidermophyton : Micose que infecta o cabelo, a
pele e as unhas do pé.
Trichosporon : Um fungo do canal intestinal.
Microsporum : Uma micose que infecta o cabelo a
pele e as unhas.
Geotrichum : Um fungo espumante que causa infecção
nos brônquios, pulmões, e membranas da mucosa.
Cândida : Um fungo que é parte da mucosa normal
da flora, mas que pode ficar fora de controle e
provocar lesões na boca, vagina e pulmões.
Propriedades
Anti- Bacterianas
Óleo de Neem tem eliminado várias espécies de
bactérias patogênicas, incluindo STAPHYLOCOCCUS
AUREUS, que é uma fonte comum de intoxicação
alimentar, e causadora de desarranjos. SALMONELLA
TYPHOSA, esta bactéria muito temida que vive na
comida e na água causa o tifo, envenenamento
alimentar e uma variedade de infecções que
incluem envenenamento sangüíneo e inflamação
intestinal.
Propriedades
Anti-Viróticas
A atividade anti-virótica do neem tem alta eficácia,
particularmente contra doenças caracterizadas por
erupções. Varíola , catapora , e verrugas , têm
sido tradicionalmente tratados com pasta de neem,
esfregando-se a mesma na área afetada. O neem é
um preventivo muito eficiente contra vírus , mas
não é a cura.
Propriedade
Inseticida Dermatológica
Neem é um remédio comum e popular contra piolho
e vermes. No Haiti , por exemplo, as folhas do
neem são esmagadas e esfregadas nos ferimentos
infectados por vermes, e na Índia e Bangladesh,
moradores de vilas aplicam o neem no cabelo para
matar piolho, fatos observados com grande sucesso.
Neem
no Tratamento Dentário
Tanto na India como na África milhões de pessoas
usam pequenos galhos de neem como escovas de
dentes todos os dias. Dentistas aprovam esta prática
primitiva por acharem que realmente previne doenças
periodônticas. Não está claro se o beneficio é
devido á massagem regulares da gengiva, se por
prevenir a formação de placas, se pelas
propriedades anti-sépticas do neem, ou se pelas
três hipóteses juntas. Companhias alemãs usam o
neem como um ingrediente ativo em pastas dental. O
neem se mostra muito eficaz na preservação e
cura de inflamações nas gengivas e nas doenças
periódicas.
Neem
como Preventivo da Doença de Chagas
O parasita Trypanosoma crusi causa esta grave doença.
Ele vive e se reproduz dentro das células
nervosas e das células musculares,
particularmente nas do coração, sugando toda a
energia de sua vitimas. Extratos do neem atuam
sobre o mosquito que transmite a Doença de
Chagas. Os extratos não matam os insetos, ao invés,
eles os imunizam contra parasitas que vivem dentro
do inseto por um ciclo de sua vidas. Uma pesquisa
foi realizada e mostrou que alimentando-se os
mosquitos transmissores com neem, não só os
libertam do parasitas, como também o azadirachta
impedem o jovem inseto de mudar de pele e os
adultos de se reproduzirem.
Neem
como Preventivo da Malária
Profissionais indianos da medicina Ayurvedica tem
preparado doses orais do neem e administrado em
paciente portadores de malária a séculos. A
atividade anti-malárica do neem está relatada
nos livros de Ayurveda. Chá das folhas do neem é
usado para tratar-la. Certos extratos das folhas e
das sementes do neem, provaram sua eficiência
contra os parasitas da malária. O neem reage tão
bem quanto o quinino nas culturas de células
afetadas pela malária.
Neem
como Analgésico e Anti-Térmico
Neem é também muito eficaz como analgésico,
antitérmico e antinflamatório, e um produto de
baixo custo. O neem é usado para estes propósitos
onde quer que seja cultivado.
Outras
Propriedades Medicinais
Extratos de águas das folhas e do óleo do neem
provaram reduzir significativamente o açucar no
sangue e impedir que a adrenalina produza
hiperglicemia em animais de laboratório. O neem
demostrou uma propriedade significativa de
infertilidade em ratos machos sem interferir com
os espermas atogenesis. Extratos alcoólicos das
folhas provaram curar doenças cutâneas como o
eczemas, impigem, etc. Nimbidim , um componente
amargo extraído do óleo do neem provou possuir
uma atividade analgésica e antipirética eficaz
no tratamento de sarna e úlcera gastroduodenal crônica
Ninbatikta. Um elemento completamente amargo do
azadirachta indica também provou curar úlcera crônicas
com eficácia o uso do óleo do neem intravaginal
provou ser eficaz na prevenção da gravidez.
Neem
no Controle de Insetos
Os indianos tem tradicionalmente esmagado as
folhas do neem e esfregado as mesmas nos
ferimentos expostos do gado para eliminar os
vermes. Mosca de chifre. O azadirachta atravessa o
canal digestivo do ruminante e lá permanece tempo
suficiente para que as moscas de chifre não se
desenvolvam no estrume. O Óleo e o extrato da
semente do NIM impedem que a blow fly fêmea,
Lucilia Sericata, de botar seus ovos em carneiros.
No Sri Lanka, o óleo do neem é esfregado no gado
como um repelente de insetos como a
mosca-de-chifre. O azadirachta também é capaz de
exterminar os ovos da mosca stomoxys calcitrans.
Neem
no Controle de Bactérias
A bactéria do staphylococcus aureus causa
mastite, inflamação das glândulas mamarias em
vacas. A aparente eficácia do neem em controlar
certos tipos dessa bactérias pode, portanto, ser
de grande importância econômica para fabricas de
laticínios nas nações que cultivam o neem. A
bactéria salmonella além de afetar a saúde
humana, causa aborto em animais, gado, e
carneiros, como também vários tipos de infeções
em aves domésticas e gado, podendo, também, ser
controlado pelo neem.
Produtos
Industriais do Neem
Óleo do Neem - O óleo do neem é composto
basicamente de triglicerideos de oleico, steárico,
linoleico, e palmitico. O óleo de neem é usado
principalmente em lamparinas, sabões, e outros
produtos não comestíveis. É usado por
fabricantes de sabão por ser barato.
Cosméticos
- o neem é tido na India como um produto de
beleza. As folhas do neem pulverizadas são um
componente fundamental de pelo menos um creme
facial muito usado. O óleo do neem purificado é
também usado em esmaltes e outros produtos.
Lubrificantes
- O óleo do neem é lubrificante e resiste a
degradação melhor que a maioria dos óleos
vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é
usado com freqüência para lubrificar rodas de
carroças.
Fertilizante
- O neem demostrou um potencial considerável como
fertilizante
1 - A pasta no neem - é amplamente usada na Índia
para fertilizar plantações com objetivos
comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e
hortaliças, pois contém nitrogênio, fósforo, cálcio,
magnésio e potássio. Quando misturada na terra
como adubo, protege as raízes das plantas de
nematóides e formigas brancas.
2 - As folhas do neem - em algumas áreas do
estado de Karnataka na India as pessoas cultivam a
árvore especialmente por sua folhas verdes e
galhos, os quais são jogados dentro dos arrozais
encharcados, antes das mudas serem transplantadas.
Madeira
- As propriedades da madeira do neem se parecem
com as do mogno. É relativamente pesado e quando
é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora
seja fácil de serrar, trabalhar, polir e colar,
deve antes ser secado com cuidado por que
geralmente se parte e empena. É uma madeira boa
para construções e amplamentos usados na fabricação
de carroças, ferramentas manuseáveis e
implementos agrícolas. É também comum o seu uso
nas fabricações de móveis. É raramente atacado
por formigas brancas e é resistente ao cupim.
Combustível
- O neem produz diversos combustível úteis. Seu
óleo é queimado em lamparina, sua madeira usada
como lenha. A casca da semente que não possui óleo
e é desperdiçada na fabricação de pesticidas
é amplamente empregada como combustível. O carvão
produzido da madeira do neem é de excelente
qualidade.
Outros
Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do
neem - Resina e um material que contém muitas
proteínas. É possível usa-lo como aditivo
alimentar e é amplamente usado como cola do neem.
A casca do neem contém 14% de tanino. Ela produz
fibras grossas e fortes, que entrelaçadas
transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel -
apicultores plantam árvores do neem para
adquirirem o mel de sua flores. Há relatos de
pessoas que comem o neem. Dizem que Mahatma
Gandhi, que possuía um grande respeito pelos
efeitos nutritivos das plantas, sempre preparava
um molho picante com as folhas do neem e comia com
deleite, apesar de seu incrível gosto amargo. A
polpa das frutas do neem é uma base promissora
para a geração do gás metano e também pode
servir como uma rica base de carboidratos para
outras fermentações industriais.
Efeitos
do Neem em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e
larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.
Insetos
Afetados por Produtos do Neem
Mosca do Chifre - Mosca Branca - Mosca Caseira -
Piolhos - Grilos - Formigas de Fogo - Gorgulho do
Arroz - Barata, etc...
Uso
do Neem
Casca
- é amarga adstringente, acre, refrescante,
lombrigueiro, inseticida, tônico para o fígado,
expectorante e retentor da urina, É útil em
condições anormais de lepra, doenças da pele,
eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos,
úlceras, azia, tumores, glândulas, aminorreias,
reumatismo, sífilis, e fadiga.
Folhas
- são amargas adstringentes, acres. Depurativas,
anti-sépticas, oftálmicas, lombrigueiras, abrem
o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes.
São úteis em azias, lepra, leucoderma, doenças
de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras,
tuberculoses, bolhas, eczema, e febres de malária.
Tônicas, são úteis em cólicas e debilidades
gerais.
Sementes
- são amargas, acres, termogênicas, purgantes,
lombrigueiras, retentores de urina, emolientes,
calmantes, depurativas. São úteis em condições
anormais de tumores, lepra, da pele, lombrigas,
hemorróidas, tuberculoses, ferimentos, constipação
e diabetes.
Óleo
- é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e
depurativo. É útil em doenças crônicas da
pele, impigem, sarna, lombrigas, febre de malária,
sífilis e lepra.
Neem
e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na
Índia. A produção de grãos comestíveis gira
em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se
que no ano 2000 a India necessitaria em torno de
210 milhões de tonelada de grãos comestíveis,
tendo em vista o fato de que anualmente 6 milhões
de toneladas são perdidos devido a pragas nas
lavouras, ervas daninhas, roedores, pássaros e más
condições do tempo e de estocagem. O uso de
pesticidas, tornou-se essencial. O uso de
pyretroides sinteticos nos últimos anos causou a
propagação da mosca branca, no algodão em
Gujarat, Andhra pradesh e em localidades do Tamil
Nadu. Constantes resíduos de pesticidas altamente
tóxicos DDT HCH e o Chorinated Hydrocarbon foram
encontrado em hortaliças frutas, leites, óleos,
manteiga, e carne, tanto quanto em leite materno.
A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas
químicos que deveriam ser usados para o controle
de pestes. Os biopesticidas produzidos do neem são
de grande eficácia e comercialmente viáveis.
Baratos, possuem efeitos a longo prazo, não
poluem e não são nocivos à saúde humana.
Bactérias:
Biopesticida de mais sucesso até o momento é op
Bacillus Thuringiensis *(B.T) existem 25 tipos de
B.T. sendo usados contra pragas. Eles produzem várias
toxinas inseticidas tais como exoand Endotoxins,
que são responsáveis pela morte de insetos tão
logo penetrem em seus corpos. Aproximadamente 525
insetos de vários tipos foram encontrados
infectados pelo B.T. muitos produtos comerciais do
B.T. foram fabricados por aproximadamente 12
empresas em 5 países e são denominados Thuricide,
Bakthne, Bacttodpein, etc. essas formulas são
excelentes no controle de peste da couve, tais
como diamond heliothis do algodão e do milho,
brocas européias do milho. Larva do Chifre do
tabaco e largarta, do Castanheiro da Índia, foram
relatada nos últimos anos.
Fungos:
Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que
incluem mais de 500 espécies de parasitas e
fungos predatório eficazes contra inúmeros
insetos fungos e nematoides.
Nim:
Um Biopesticida
Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz
Controle da bacteria que faz secar as folhas
Controle do caruncho que afeta o coqueiro
Controle das doeças de hortaliças
Controle do caruncho do gengibre
Controle patogênico de bacterias em plantas
Controle de doenças viróticas em plantações de
hortaliças
Controle do vírus mosaico da pimenta usando
produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do
gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é
usado no controle do bullwowrm do algodão. neem
é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a
vagem, o arroz, etc... o óleo do neem preserva as
folhas do algodão.
Apesar
de cientistas se empenharem em descobrir plantas
com características medicinais nos cantos mais
remotos do mundo, o neem cresce nos jardins de
casas e universidades da Ásia e da África sem
chamar a atenção. A familiaridade com a planta
fez com que cientistas não estudassem as
propriendades do neem. Mas hoje em dia
pesquisadores de todo o mundo estão empenhados em
entender como funcionam os princípios ativos do
neem para compreender como uma planta pode ter
tantas utilizações. Atualmente a utilização do
neem na agricultura é o que mais chama a atenção.
Neem
como inseticida:
A maior parte das pesquisas sobre o neem é
dedicada ao uso da planta na agricultura. Depois
de estudar cerca de 250 espécies de plantas com
características que podem contribuir para o
controle de insetos e pragas, o consenso geral foi
de que o neem é a plante de maior eficiência e
de menos impacto ambiental. Inseticidas feitos à
base de neem já estão sendo oferecido ao público.
Ao que tudo indica o neem será uma alternativa
natural aos inseticidas sintéticos.
Em 1990, mais de 15 milhões de toneladas de
insticidas sintéticos foram aplicados a jardins e
gramados nos Estados Unidos. Normalmente estes
inseticidas são toxidas que atacam o sistema
nervoso dos insetos de forma rápida e letal.
Apesar de serem realmente efetivos, esses
inseticidas matam insetos de forma indiscriminada,
incluindo insetos benéficos como abelhas e
borboletas, e também são uma ameaça real para
outros animais que cruzem a área onde a substância
está sendo aplicada (como minhocas, passarinhos,
esquilos, cachorros, gatos e até mesmo pesssoas).
A maior parte dos fabricantes de inseticidas
recomendam que não se ande descalço sobre a
superfície que recebeu a substância por três
dias.
Pessoas que vivem a até 300 metros de onde o
inseticida foi aplicada podem ser afetadas pela
evaporação do produto. Inseticidas podem causar
desde dores de cabeça até perda de sensibilidade
nos membros.
As propriedades naturais do neem não causam
qualquer reação tóxica. O neem serve como
inseticida porque a maioria dos insetos e pragas não
se alimenta de plantas cobertas com neem, mesmo
que a opção seja morrer de fome. O neem ainda
como repelente e reduz a capacidade dos insetos em
se reproduzir.
O neem não é tóxico para pessoas ou animais de
grande porte e, por isso, não precisam evitar áreas
tratadas com neem. O neem também é um produto
natural e portanto biodegradável. Só insetos que
alimentam de plantas são afetados pelo neem, o
que impede qualquer dano para insetos como abelhas
e outros insetos benéficos.
Neen
como fungicida agrícola:
O neem protege plantas e animais de uma variedade
de fungos (Murthy and Sirsi,, 1958b); (Bhowmick,
1982); (Schmutterer & Ascher, 1986). Nesse
caso, testes provaram que os melhores resultados
foram obtidos quando o neem foi utilizado como um
agente preventivo.
Neen
no tratamento de vírus de plantas:
Infecções em plantas causadas por outras plantas
são difíceis de curar ou prevenir. Entretanto
testes realizados por pesquisadores na Índia e
nos Estados Unidos comprovaram que extratos de
neem são muito eficazes na prevenção de infecções
virais ou na redução do dano causado, uma vez
que a infecção seja diagnosticada (Saxena, et
al, 1985); (Simons, 1981).
Neem
no armazenamento de alimentos:
Fazendeiros mais ricos pode, se dar ao luxo de
utilizar pesticidas químicos para impedir que
pragas destruam alimentos (como grãos e cereais)
armazenados por longos períodos. O neem é uma opção
natural mais acessível. Alimentos tratados com óleo
de neem ficam protegidos de qualquer tipo de
infestação por até 20 meses sem qualquer alteração.
(Dunkel
et al, 1995)
Neem
na correção do solo:
Depois que o óleo foi extraído das sementes do
neem, o bagaço pode ser utilizado na correção
do solo - uma prática secular na Índia. Estudos
mostram que misturar no solo o bagaço da semente
que teve o óleo retirado mostram oferece
resultados melhores do que a utilização de
estrume ou outros adubos. O bagaço do neen ajuda
a fixar o nitrogênio no solo, estimula a
proliferação de minhocas e oferece proteção
contra insetos (Khan, 1974); (Vizayalakshmi, et
al, 1985).
·
Diabetes - Doses orais de extratos da folha do
neem reduzem a quantidade de insulina necessária
entre 30% e 50% em certos tipos de diabetes.
·
Doenças coronárias - O neem retarda a coagulação
do sangue, normaliza batimentos cardíacos arrítmicos
e ajuda a controlar a pressão arterial.
·
Herpes - Testes realizados recentemente na Alemana
mostraram que extratos de neem são tóxicos para
o vírus da herpes.
·
Dermatologia - Neem é muito efetivo no combate a
problemas de pele como acne, eczema, coceiras,
caspa e verrugas.
·
Úlceras - Extratos de neem protegem o estômago
do desconforto causado pelas úlceras e acelera a
cicatrização de feridas gástricas e
intestinais.
·
Controle de natalidade masculino - O neem vem
sendo testado na Índia e nos Estados Unidos para
se conhecer seus efeitos sobre a fertilidade.
Testes mostram que macacos tiveram sua fertilidade
reduzida apesar da produção de esperma e hormônios
permanecer inalterada.
·
Controle de natalidade feminino - Aplicado
internamente na vagina, o óleo de neem teve 100%
de sucesso em impedir a gravidez.
IAPAR
:
O
Neem - Azadirachta indica - um Inseticida
Natural
Sueli
Souza Martinez - Pesquisadora
Lançamento
de livro:O
NIM - Azadirachta indica Natureza, Usos Múltiplos,
Produção
Atualizado
em 31 de outubro de 2002
(Foto:
Neem proveniente das Filipinas, plantada no IAPAR
em 1987)
Introdução
O
neem pertence à família Meliaceae, que apresenta
diversas espécies de árvores conhecidas pela
madeira de grande utilidade, como o mogno, o
cedro, a santa-bárbara, ou cinamomo, o cedrilho,
a canjerana, a triquília, etc. É originário do
Sudeste da Ásia e é cultivado em diversos países
da Ásia, em todos os países da África, na Austrália,
América do Sul e Central. É usado há séculos
na Ásia, principalmente na Índia, como planta
medicinal. Tem diversos usos, em especial anti-séptico,
curativo ou vermífugo; é utilizado no preparo de
sabões medicinais, cremes e pastas dentais. A árvore
é usada para sombra e possui madeira de qualidade
para a produção de móveis, construção,
batentes e portas, caixas e caixotes, lenha, carvão,etc.
Seu
uso como inseticida se tornou bem conhecido nos últimos
30 anos, quando seu principal composto, a
azadiractina, foi isolado. A molécula da
azadiractina é muito complexa e ainda não pôde
ser sintetizada; assim, todos os produtos que contêm
azadiractina são produzidos por extração da
planta. Os inseticidas naturais de neem são
biodegradáveis, portanto não deixam resíduos tóxicos
nem contaminam o ambiente. Possuem ação
repelente, anti-alimentar, reguladora de
crescimento e inseticida, além de acaricida,
fungicida e nematicida. Por sua natureza, os
extratos de neem são mundialmente aprovados para
uso em cultivos orgânicos.
A
planta possui mais de 50 compostos terpenóides, a
maioria com ação sobre os insetos. Todas as
partes da planta possuem esses compostos tóxicos,
porém é no fruto que se encontra a maior
concentração. Esses compostos são solúveis em
água e podem ser preparados de maneira simples e
barata, por pequenos e médios produtores.
Outras
espécies de meliáceas têm propriedades
semelhantes. Entretanto, seus extratos são mais tóxicos
aos vertebrados e são menos eficazes contra os
insetos. Os extratos de neem são praticamente inócuos
aos vertebrados e ao homem.
A
Árvore
Originária
de clima tropical, a planta se desenvolve bem em
temperaturas acima de 20oC, em solos bem drenados,
não ácidos e altitudes abaixo de 700 m. Nessas
condições, pode iniciar a produção de frutos
em cerca de dois anos, podendo atingir 10 kg de
semente seca/planta, sendo que cada quilograma de
sementes secas contém aproximadamente 3000
sementes.
No
Brasil, as primeiras introduções realizadas para
pesquisa do neem como inseticida foram realizadas
pelo IAPAR, em Londrina PR, em 1986 com sementes
originárias das Filipinas. Em continuidade ao
projeto, em 1989 e 1990, material oriundo da Índia,
Nicarágua e República Dominicana foi plantado em
Londrina, Paranavaí PR (região mais quente e
arenosa), Jaboticabal SP e Brasília DF, para
avaliação de desenvolvimento.
Nos
anos noventa, principalmente nos últimos cinco
anos, as propriedades da planta se tornaram mais
conhecidas no País, dando-se início ao plantio
de áreas comerciais em São Paulo, Goiás, Mato
Grosso, Pará e outros. Esses estados apresentam
clima favorável seu cultivo, esperando-se
portanto produções próximas ao obtido nos países
de origem. Em condições menos adequadas, como as
do Norte do Paraná, com clima subtropical, as
plantas se desenvolvem mais lentamente, iniciando
a produção de frutos após cerca de seis anos,
atingindo a produção máxima de 3 a 4 kg de
semente seca/planta após 10 anos do plantio
(dados obtidos no IAPAR).
O
IAPAR está trabalhando para conseguir plantas
mais adaptadas às condições subtropicais. Em
1998, foi realizada a enxertia de neem sobre o
cinamomo, Melia azedarach, que tem excelente
desenvolvimento e alta produção de frutos no Sul
do Brasil. O pegamento do enxerto foi muito bom e
há hoje 150 plantas enxertadas em duas estações
experimentais do IAPAR para avaliação, com
florescimento já no primeiro ano.
Plantio
e Condução
As
sementes devem ser plantadas o mais rápido possível,
dado que o poder germinativo, de cerca de 80%, se
reduz em cerca de dois meses a praticamente zero.
Sementes mantidas em geladeira podem manter o
poder germinativo por mais tempo.
As
mudas podem ser feitas em sacos plásticos,
mantendo-se boa irrigação durante seu
desenvolvimento. As sementes germinam após duas
semanas. Ao atingir 50 cm, após cerca de três
meses, a planta pode ser transplantada para o
campo.
O
espaçamento recomendado para o plantio do neem é
variável, já que o desenvolvimento da planta
depende das condições de solo e clima, sendo
necessário que toda a copa receba a luz do sol.
Assim o espaçamento deve permitir boa insolação.
No Brasil recomenda-se de 5 a 8 m entre árvores,
com o maior espaçamento nas regiões mais
quentes. Deve-se conduzir o tronco sem ramos até
1,5 m de altura e os ramos devem ser podados
regularmente. O ponteiro apical pode ser cortado
quando a planta alcançar 4 a 6 m, de modo que a
árvore não atinja um tamanho muito grande e
apresente uma copa bem desenvolvida. Desse modo a
produção de frutos é maior e a colheita é
facilitada.
Modo
de Ação
A
ação dos extratos de neem sobre insetos é
bastante variável de espécie para espécie. Há
registro de ação sobre mais de 300 espécies. A
maior parte das investigações foi feita em
laboratório, sendo necessários mais estudos para
poder se determinar com maior segurança quais as
pragas pode controlar, as doses, freqüência de
aplicação, etc.
De
modo geral a azadiractina afeta o desenvolvimento
dos insetos de diferentes modos. Pela sua semelhança
com o hormônio da ecdise (processo que
possibilita ao inseto trocar o esqueleto externo
e, assim poder crescer), perturba essa transformação
e, e m altas concentrações pode impedí-la,
causando a morte do inseto. Por essa razão, as
formas jovens de insetos são mais fáceis de
controlar. Não causa a morte do inseto
imediatamente, dado o seu efeito fisiológico, porém,
além de afetar a ecdise, reduz o consumo de
alimento, retarda o desenvolvimento, repele os
adultos e reduz a postura nas áreas tratadas.
Também tem maior ação por ingestão, de modo
que os insetos mastigadores são mais facilmente
afetados.
As
espécies mais facilmente controladas são as
lagartas, pulgões, cigarrinhas, besouros
mastigadores. Resultados de pesquisa do IAPAR
mostraram efeitos letais e deformidades em larvas
e pupas de lagarta-do-cartucho do milho, curuquerê
do algodoeiro, ácaros e bicho-mineiro,
cochonilhas e redução de postura em
bicho-mineiro, broca-do-café e mosca branca. Em
testes com a joaninha, inimigo natural de pulgões,
extratos de neem não causaram morte dos adultos e
sua ação sobre as larvas foi mediana para uma
espécie e inócua para outra, não reduzindo sua
voracidade, o que comprova seu potencial para uso
em associação com inimigos naturais contra as
pragas.
O
uso de folhas misturadas ao alimento do gado ou a
aplicação de extratos das folhas ou sementes no
dorso dos animais tem sido indicado para controle
de carrapato e mosca do chifre. No Brasil se usam
5l de solução a 2% do óleo emulsionável ou
2,5-5% do extrato da folha, por animal. O óleo
também pode ser encontrado na forma pour-on,
indicando-se 10 ml/100kg peso vivo de animal.
Nos
países onde o óleo é extraído também se
prepara a pomada, feita com os resíduos da extração
do óleo, que pode ser utilizada no controle de
sarna em animais e outras infecções da pele.
Preparo
de Extratos
Os
extratos podem ser preparados com a simples
trituração das sementes ou frutos frescos, em água,
deixando-se a mistura descansar por 12 horas e
filtrando-se o líquido e pulverizando-se sobre as
áreas infestadas. O mesmo procedimento pode ser
usado para folhas, frescas ou secas, embora a
azadiractina aí ocorra em menor concentração.
O
óleo inseticida é extraído pela prensagem das
sementes, obtendo-se no máximo 47% de óleo, que
contém cerca de 10% da azadiractina existente no
fruto. A torta restante é, pois, muito rica em
azadiractina, tem efeito nematicida e serve como
adubo orgânico. Pode, também, ser secada e
utilizada posteriormente para preparo de extratos
inseticidas, em mistura com água e filtração.
Para
se armazenar sementes para preparar o extrato
posteriormente, os frutos devem ser colhidos,
secos ao sol por dois a três dias, e mais uns
dois dias à sombra por dois dias e despolpados
manualmente em água ou utilizando-se
despolpadeira com café. Deixa secar bem e
armazena, de preferência a baixa temperatura. As
sementes que serão plantadas podem ser preparadas
da mesma forma.
Doses
Ainda
não há informações detalhadas sobre doses
específicas para cada inseto. Entretanto, de modo
geral, as seguintes doses têm apresentado eficácia
no controle principalmente de pragas de hortaliças:
· Óleo emulsionável: 5 ml/litro água
· Sementes secas: 30 a 40 g /litro
água
· Folhas secas: 40 g a 50 g / litro
água
O
NEEM E A AIDS
A
Aids uma doença letal, que tem vitimado milhões
de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil mais de
500.000 pessoas foram contaminadas desde seu
surgimento em 80 e com tratamento que tem
consumido cifras bilionárias. Ao encontrar
um Site com matéria que associava seu tratamento
às propriedades do Neem, achei por bem
divulga-lo. Quem sabe, algum médico que não
conhece as possibilidades desta árvore se
interesse, e passa a desenvolver experiências ou
testes, visando alcançar a cura ou a melhora de
pacientes portadores deste vírus. É uma fonte a
mais. Portanto, eis o material.
O
Neem possui propriedades imuno estimulantes não só
para o sistema linfótico, como para o sistema de
imunização das células. Quando células humanas
infectadas pelo HIV foram cultivadas com extratos
do Neem, a produção de proteínas virais
caíram dramaticamente. O Dr. Upadhyay e o
Dr. Berre'Sinousi (um dos cientistas que
identificaram o vírus da AIDS) acreditaram que
extratos do Neem bloqueiam a produção de proteínas
virais, desse modo, param a reprodução do vírus.
Estudo
dos efeitos do extrato da casca e de folhas do
Neem mostraram que eles reduziram
significativamente a proteínaa viral P-24 e
induziram, in vitro, a produção do interferon IL-1.
O Instituto Nacional de Saúde, em estudos
prelinamres, registrou resultados animadores de
testes in vitro onde extratos da casca do Neem
mataram o vírus da AIDS.
Outro
efeito possível que o Neem pode ter no combate ao
vírus da AIDS está na sua aparente habilidade de
intensificar a reação imunológica
de células mediadoras à infecção.
Usando extratos da casca do Neem encharcados em água,
o Dr. Van Der Nat(Holanda) determinou que o
extrato produz uma forte reação imunológica
estimulante. O extrato da casca do Neem estimulou
a função linfolítica, a qual aumentou a produção
de MIF, um lymphokine que une macrophages
e monocytes aos
agentes infecciosos. Considerando como a
primeira linha de defesa contra a infecção do
HIV, a capacidade do Neem de aumentar a reação
imunológica das células mediadoras pode oferecer
proteção quanto ao perigo de se contrair o vírus
pela vagina, isto, se o Neem for usado como
um lubrificante antes da relação sexual.
Se
apenas parcialmente eficaz na prevenção da AIDS,
até que cientistas descubram a cura, o Neem
poderia salvar inúmeras vidas.
Nos
casos em que o HIV não tenha evoluído para um
estado em que a AIDS seja incontrolável, em
alguns pacientes verificou-se a intensificação
da reação imunológica das células mediadoras
que o Neem pode ajudar a produzir. No entanto, uma
vez contraída, a AIDS pode ser tratada com a
ingestão de extratos de folhas do Neem, de toda a
folha, ou pela ingestão do chá do Neem.
Muitas
das complicações associadas à AIDS podem também
ser tratadas com folhas, casca e cremes do Neem.
Lesões de pele ou sensações de queimaduras tem
sido tratadas com sucesso com folhas do Neem,
misturadas na água do banho e com loções
contendo o óleo do Neem.
O
NEEM E O SISTEMA IMUNOLÓGICO
O
Neem, e em especial a sua casca, é conhecido por
seus componentes polysaccharide immunomodulatory.
Estes componentes parecem aumentar a produção de
anticorpos. Outros componentes no Neem
intensificam o sistema imunológico através da
reação imunológica das células mediadoras, que
são a primeira forma de defesa do organismo.
Somente quando este sistema de defesa parece
incapaz de deter um processo infeccioso, é que o
sistema imunológico como um todo entra em ação.
O
óleo do Neem age como um estimulante imunológico
não específico que ativa a reação imunológica
das células mediadoras. Isto, aliás, cria uma
significativa reação a quaisquer desafios
futuros pelos organismos infecciosos.
Quando o Neem foi injetado na pele, houve
um aumento significativo nos glóbulos brancos
(leucócitos) e o perioneal macrophages
(fagócitos) mostraram intensa atividade patológica
e manifestação dos antígenos MHC class
II. A produção do interferon gama também
foi induzida pela injeção. As células do Baço
apresentam uma reação mais alta do lymphocyte
a infecçÕes, mas não aumentaram a reação aos
anticorpos ..
Extratos
de folhas do Neem na água solúvel, quando
administradas oralmente, produziram um aumento na
quantidade de limphomatics, em que se
contam células vermelhas e brancas tanto quanto
os linfócitos. Em estudos sobre os efeitos do
Neem no controle da natalidade, o fator principal
neste efeito parece ser o aumento na reação
imunológica, em que o Neem foi tido como a causa
de o corpo rejeitar o feto como um corpo estranho.
AUmentando
a reação imunológica celular, a maioria dos patógenos
podem ser eliminados antes de causarem a sensação
de mal estar associada a doença. Este
mecanismo também poderia ajudar em doenças que
envolvem o sistema imunológico, como a AIDS.
Ingerindo pequenas quantidades do pó da folha ou
da casca do Neem dia sim dia não, ou bebendo um
chá suave do Neem aumentará a produção de
anticorpos e a reação imunológica de células
mediadoras, ajudando a previnir infecções.
O
NIM INDIANO
O
Bioprotetor Natural
Junho
de 2000
Engº
Agrº José Luiz M. Garcia
M. Sc. Horticultura – Michigan State University
Consultor em Agricultura Alternativa
Membro da O.T.A ( Organic Trade Associaton )
Membro da I.F.O.A.M
Produtor Orgânico certificado pelo I.B.D.
Associado a A.A.O.
NIM INDIANO
O Bioprotetor Natural
Essa
publicação destina-se a fornecer informações
sobre a utilização do Óleo de Nim (Azadirachta
indica) na Agricultura e Pecuária no controle de
insetos, pragas e parasitas. Informações mais
detalhadas poderão ser obtidas nas referências
listadas ao final do trabalho.
Por
que Bioprotetor Natural e não Inseticida Natural
?
O
sufixo cida significa aniquilador, matador,
assassino. O Óleo de Neem não é um produto com
o tradicional efeito inseticida aniquilador
característico das substancias petro-químicas
largamente utilizadas na agricultura vez que não
mata os insetos instantaneamente. Essa aparente
desvantagem é, na verdade, uma grande vantagem
conforme será devidamente explicado
posteriormente. O Óleo de Neem não possui efeito
nocauteador ( efeito “knock-down”) sobre os
insetos e larvas. Também não funciona a longo
prazo como os inseticidas biológicos tipo
Bacillus turingensis (Dipel) dando margem a que os
insetos continuem devastando a lavoura antes de
morrerem. O seu efeito é imediato, porem, de
outra forma, ou seja, ele atua imediatamente
repelindo e/ou fazendo com que os insetos e larvas
parem de se alimentar via efeito anti-alimentar
(efeito “ anti-feeding”). Atua também via
outros mecanismos a médio e longo prazo conforme
será amplamente explicado adiante. Isso torna o
Óleo de Neem um excelente aliado do agricultor no
controle efetivo de insetos e pragas e o coloca em
posição de destaque como uma nova categoria de
produtos ecologicamente corretos para a utilização
na agricultura do próximo milênio. O planeta
Terra não tem mais condições de absorver as
milhares e milhares de toneladas de produtos
petro-químicos venenosissimos usados atualmente
na agricultura convencional que todos nós sabemos
irão gerar uma série de problemas de saúde. O
Óleo de Nem demonstrou ser totalmente isento de
efeitos nocivos a todos os animais de sangue
quente, peixes e a 6 espécies diferentes de
minhocas e demais organismos de solo. Ou seja, o
óleo de Neem é um novo conceito em termos de
controle de insetos e pragas que tem auxiliado
milhares e milhares de agricultores conscientes em
diversos países.
Os
inseticidas sintéticos originários da
petro-quimica matam indiscriminadamente os insetos
e larvas, poluem o ambiente, intoxicam operadores,
seus familiares, e até mesmo os consumidores e
portanto, e por isso mesmo, tem sido repudiados a
nível mundial. Não obstante serem extremamente tóxicos,
esses produtos não conseguem de forma alguma
controlar os insetos pois são formulados
utilizando-se de apenas uma única molécula a
qual é invariavelmente protegida por uma patente
que dá direito ao seu detentor de comercializá-la
a preços muitas vezes exorbitantes amparados que
estão por registro efetuados junto a órgãos
oficiais do governo. Isto é, o governo não só
colabora como também oficializa e o que é pior
monopoliza a venda desses produtos altamente tóxicos
e portanto é fator determinante da intoxicação
generalizada da população. Ocorre que os insetos
, dotados de um maravilhoso mecanismo de defesa,
desenvolvem resistência a esses venenos em apenas
3 gerações em alguns casos. Por isso é que em
1988 no E.P.A. ( Environment Protection Agency) já
haviam cerca de 50.000 produtos químicos
registrados para uso na agricultura porque a cada
3 gerações surgem novas variedades de insetos
resistentes a essas moléculas isoladas e portanto
novas moléculas tem que ser produzidas e
patenteadas e colocadas no mercado.
Esse
processo não tem fim. A cada ano surgem venenos
mais e mais poderosos. Inseticidas e fungicidas
que antes controlavam os problemas na ordem de 1 a
2 kg por hectare agora estão sendo fabricados
para serem utilizados em doses de apenas 200
gramas por hectare. Esses tipos de moléculas são
por assim dizer cerca de 10 vezes mais venenosas
que as anteriormente utilizadas, porem as
multinacionais as apresentam como mais
“seguras” ao meio ambiente pelo simples fato
de que se usa menos produto. Menos produto para um
mesmo efeito significa maior toxicidade e não
menor toxicidade. Isso é um escárnio e uma
afronta a inteligência humana e cabe a você
agricultor dar um grande e rotundo “Basta !” a
toda essa situação. Isso agora é possível com
a utilização do Óleo de Neem.
Vejam
por exemplo um resumo dos efeitos nocivos dos
inseticidas sintéticos:
1. Poluição ambiental.
2. Danos a saúde devido a níveis elevados ( ou
mesmo baixos) de resíduos.
3. Destruição indiscriminada de insetos sem
nenhuma consideração sobre o seu papel no meio
ambiente muitas vezes benéfico, como no caso dos
inimigos naturais.
4. Envenenamento de animais de sangue quente como
pássaros, gado, criação em geral e pessoas que
tenham contacto com os mesmos.
5. Desenvolvimento de resistência em insetos.
6. Ressurgimentos de certas pragas secundarias
e/ou principais que estavam sendo anteriormente
controlada por insetos que foram destruídos pelo
agrotóxico. Com o seu desaparecimento houve menos
concorrência e novas pragas, então, surgiram.
Qual o principal (ou principais) ingrediente ativo
do Óleo de Neem ?
O
Óleo de Neem exibe o seu poder controlador de
insetos devido a uma série de ingredientes com
características pesticidas ( 7 ).O seu principal
grupo de ingredientes ativos é uma mistura de 3
ou 4 compostos bastante assemelhados porem conta ,
também, com 20 outros ingredientes menores mas
que são bastante ativos de uma maneira ou de
outra. Os principais ingredientes pertencem a uma
classe de produtos naturais conhecidos como
triterpenos mais especificamente limonoides ( 7 ).
Até o momento,, pelo menos 9 limonoides extraídos
do Neem demonstraram habilidade para inibir o
crescimento e desenvolvimento dos insetos.
Novos limonoides estão sendo descobertos porem a
azadirachtina, salanina, meliantriol, e a nimbina
são os mais conhecidos ( 9 ).
A Azadirachtina foi um dos primeiros princípios
ativos a serem isolados do Neem e já provou ser o
principal ingrediente no combate aos insetos.
Atribui-se a Azadarachtina cerca de 90% dos
efeitos causados nos insetos e é, por isso mesmo,
utilizada como padrão de qualidade quando da
utilização de óleos de Neem de diversas procedências
.
A
Mercosur só utiliza óleos de Neem cuja concentração
estejam acima de 1.500 ppm de Azadarachtina para a
preparação de emulsionados.
A
Azadarachtina não mata instantaneamente os
insetos porem os impede de continuarem se
alimentando. Alem disso, interfere no seu
desenvolvimento e já demonstrou ser um dos mais
potentes reguladores de crescimento de insetos
pesquisados nos últimos 20 anos ( 9 ).
Essa
substancia repele ou reduz a ingestão de
alimentos de varias espécies de insetos
prejudiciais as lavouras bem como de alguns nematóides
( 9 ). Na verdade ela é tão potente que um
simples traço da sua presença impede que alguns
insetos cheguem até a tocar as plantas.
A
Azadarachtina é estruturalmente similar ao hormônio
chamado “ecdysona” que controla o processo de
metamorfose das diversas fases da vida do inseto (
larva, pupa e inseto adulto).
Ela
afeta o Corpus cardiacus, um órgão semelhante a
glândula pituitária na espécie humana, que
controla a secreção de hormônios. A metamorfose
requer uma sincronia perfeita de vários hormônios
e outras mudanças fisiológicas para ser bem
sucedida e a Azadarachtina é um bloqueador de “ecdysona”.
Ela bloqueia a produção e a liberação desse
hormônio vital para os insetos. Os insetos então
não fazem a “muda” ou mudança de uma fase
para outra, interferindo no seu ciclo de vida.
O
melantriol é um outro inibidor alimentar que em
concentrações extremamente baixas tem o efeito
de paralisar a alimentação dos insetos. Esse seu
efeito foi pela primeira vez demonstrado nos
gafanhotos. A salanina foi o terceiro terpenoide a
ser isolado do Neem.
Estudos
indicaram que a salanina é também extremamente
poderosa na sua ação anti-alimentar porem não
interfere na metamorfose. O gafanhoto migrador,
besouro listrado do pepino, moscas domésticas e o
besouro japonês foram bastante afetados tanto em
testes de laboratório quanto em testes de campo.
A Nimbina e Nimbidina tiveram o seu efeito
anti-viral demonstrado. Elas afetaram o vírus X
da batata, vírus da vaccinia e vírus fowl pox.
Existe a possibilidade desses dois ingredientes
serem usados no controle dessas viroses em
lavouras e animais.
Certos ingredientes menores também possuem efeito
anti-hormonal. A pesquisa também demonstrou que
alguns desses ingredientes menores conseguem até
paralisar o mecanismo de deglutição, desta forma
impedindo os insetos de se alimentarem. Dentre
esses limonoides secundários foram isolados o
deacetylazadarachtinol que demonstrou ser eficaz
contra a lagarta do broto do tabaco.
Qual
o mecanismo de ação do Óleo de Neem nos insetos
?
Até o momento já foram descritos na literatura
científica os seguintes efeitos :
- Repelente de larvas e adultos.
- Inibindo ou impedindo o desenvolvimento de ovos,
larvas ou pupas.
- Bloqueio da “muda” de larvas ou ninfas.
- Impedindo a comunicação sexual e o
acasalamento.
- Impedindo que fêmeas depositem os ovos.
- Esterilizando insetos adultos.
- Envenenando larvas e insetos adultos.
- Inibindo a alimentação.
- Bloqueio da habilidade de deglutir, isto é redução
da motilidade intestinal.
- Perturbação da metamorfose nas várias etapas.
- Inibindo a formação de quitina
Qual o mecanismo de ação da Azarachtina ?
Os vários estudos demonstraram que o mecanismo de
ação da Azadarachtina pode ser conforme abaixo
relacionados ( 9 ) :
1. Efeito Anti-alimentar via oral.
a) Principal : Inibe a atividade dos receptores de
sensibilidade gustativa da cavidade oral, modifica
a ingestão normal de alimentos e a capacidade
alimentar prospectiva dos Insetos.
b) A ingestão de princípios ativos junto com o
alimento conduz a inanição e morte.
2. Ação Dermal. Penetra através da cutícula
dos insetos e inibe a síntese de quitina,
provocando, então desidratação e morte.
3. Efeito Repelente . Devido a mudanças no
comportamento locomotor e estacionário dos
insetos, em alguns casos o acasalamento, assim
como a comunicação sexual é afetada.
4. Efeito Destruidor do Crescimento . Pela inibição
do crescimento normal do inseto por meio da
interferência nos ciclos de mudança . Suprime a
atividade da ecdysona e a larva não efetua a
mudança de fase, mas fica na fase jovem para
sempre até que eventualmente morre.
5. Efeito na sobrevivência e reprodução pela ação
inibidora da ovoposição. Quando a fêmea atinge
o período de postura do seu ciclo de vida, a
ovoposição é suprimida ou inibida.
6. Efeito no Sistema Endócrino. Os extratos de
Neem são acumulados no sistema neurosecretório
do inseto, e por cruzarem a barreira cerebral , são
concentrados no corpus cardiacus , resultando em
uma menor utilização das proteínas neuro-secretórias.
Há quanto tempo já se utiliza o Óleo de Neem na
agricultura ?
Embora a utilização do Neem na medicina Ayurveda
esteja mencionada em escritos sanscritos de
milhares de anos de idade a sua utilização na
agricultura é de certa forma recente. A
habilidade do Neem em repelir insetos foi pela
primeira vez descrita na literatura cientifica em
1928 e 1929. Dois cientistas Indianos, Dr. R.N.
Chopra e Dr.M.A. Husain usaram uma solução
aquosa contendo 0,001% de frutos secos moídos
para repelir gafanhotos do deserto ( 9 ).
Porem a sua real importância somente foi
demonstrada em 1962. Naquele ano, em testes de
campo efetuados em Nova Delhi, S. Pradhan
pulverizou diversas espécies de plantas com uma
solução de frutos de Neem . Ele observou que
embora os gafanhotos pousassem sobre as plantas
tratadas eles se recusavam a come-las e que esse
efeito durava até 3 semanas após o tratamento.
Alem do mais ele observou que o extrato do fruto
de Neem era ainda mais eficiente do que os
inseticidas químicos convencionais utilizados
naquela ocasião e que o seu efeito repelente era
tão forte quanto o seu efeito pesticida. Nos
campos tratados com inseticidas químicos
adjacentes os insetos morreram mas não sem antes
terem devorado as plantas.
Os efeitos reguladores do crescimento foram
independentemente observados na Inglaterra e no
Kenia em 1972. Na Inglaterra, L.N.E. Ruscoe, na época
um funcionário da I.C.I. , testou Azadarachtina
em insetos prejudiciais a lavouras como Borboleta
branca do repolho ( Pieris brassicae) e besouro
manchador do algodão ( Dysdercus fasciatus) e
notou efeitos de regulação de crescimento em
todos os casos. Naquele mesmo ano, no Kenia, um
estudante de pós graduação alemão , K.
Leuschner trabalhando na Estação Experimental de
Café ( Coffee Research Station) de Upper Kiamu
observou que um extrato metanolico da folha do
Neem controlava o bezouro do café (Antestiopsis
orbitalis bechuana) por meio de efeito regulador
de crescimento. A maioria das ninfas tratadas no
estágio quinto instar morriam nas mudas
subsequentes e as poucas que sobreviveram tiveram
mal formação de tórax e asa na fase adulta.
Os efeitos de redução da fecundidade dos insetos
foi demonstrado por R. Steets, outro estudante de
pós graduação, e H. Schmutterer na Alemanha.
Eles observaram e eficiência do Neem em bezouro
mexicano do feijão ( Epilachta varivestis) e
bezouro da batata Colorado ( Leptinotarsa
decemlineata) cuja ovoposição foi reduzida quase
que a zero. Algumas fêmeas foram quase que
esterelizadas e esse efeito era irreversível ( 9
).
Em que parte da arvore do Neem concentra-se a
maioria dos ingredientes ativos ?
Os ingredientes ativos da arvore do Neem
encontram-se presentes em quase toda a planta.
Entretanto, é no fruto que eles se encontram em
maior concentração e notadamente no óleo que é
extraído desses frutos.
Quais os principais insetos ou classes de insetos
controlados pelo Óleo de Neem ?
Em 1990, pesquisadores relataram que os extratos
de Neem afetavam quase 200 espécies de insetos
(7). Outros autores relatam até 400 espécies de
insetos ( 9 ) nas ultimas duas décadas como sendo
afetados pêlos ingredientes ativos do Neem.
Classe Orthoptera:
Compreende gafanhotos, grilos, esperanças,
etc.... Nessa classe de insetos o efeito
anti-alimentar é bem marcante. Varias espécies
se recusam a comer plantas tratadas com neem por vários
dias e algumas vezes até varias semanas.
Classe Homoptera:
Afídeos (pulgões), moscas brancas, psyllids,
cochonilhas, e outros insetos dessa classe são
sensíveis ao neem em diversos graus de eficiência.
É interessante ressaltar que os ingredientes
ativos do Neem podem influenciar a habilidade dos
homopteros de serem portadores e de transmitirem
certas viroses. Esse efeito já foi observado em
arroz com o virus “tungro” transmitido por
homopteros.
Classe Thysanoptera:
O Neem tem demonstrado ser muito eficiente em
larvas de trips que ocorrem no solo. Entretanto,
uma vez que os insetos adultos tenham se
estabelecido nas plantas eles passam a ser menos
suscetíveis aos extratos de Neem. As formulações
oleosas mostraram-se mais eficientes em alguns
ensaios talvez devido ao fato de que o óleo cobre
e sufoca esse tipo de insetos.
Classe Coleóptera:
As larvas de todos os tipos de besouros,
especialmente os fitófagos coccinelideos, e
crisomelideos, são bastante afetados pelo óleo
de Neem. Eles se recusam a comer plantas tratadas,
crescem devagar, e alguns são mortos ao contato
com os princípios ativos.
Classe Lepdoptera:
Resultados de inúmeros ensaios de campo,
notadamente com traças, demonstraram que as
larvas de diversos lepidópteros são altamente
suscetíveis ao Neem . Tudo indica que pragas como
lagartas militares, brocas de fruto, broca do
milho, e pragas afins serão os principais alvos
do óleo e dos extratos de Neem no futuro. O Neem
os impede de se alimentarem porem esse efeito é
menos marcante do que os danos ao crescimento e
desenvolvimento que ele causa. Até o momento
todos os resultados de campo, em São Paulo, com o
nosso produto tem sido bastante animadores. Todos
os produtores relatam uma diminuição sensível
no ataque de lagartas e traças.
Classe Diptera:
Varias espécies de dipteros como mosca de frutas,
mosca dos chifres, e moscas domesticas são também
um bom alvo para Óleo de Neem. Em São Paulo, já
temos resultados de campo que comprovam a eficiência
do nosso emulsionado de óleo de neem em moscas de
frutas em maracujá. Foi observado, que a mosca
dos chifres não se desenvolve em esterco tratado
com pulverizações de Óleo de Neem.
Classe Himenoptera -
Efeitos anti-alimentar e desregulando a
crescimento. Suscetível.
Classe Heteroptera -
Insetos sugadores que atacam diversas lavouras
como café, arroz, hortaliças. São afetados. As
propriedades sistêmicas do Neem afetam o seu
habito alimentar e desregulam o seu crescimento e
desenvolvimento.
Insetos Domésticos -
Baratas são bastante afetadas pelo Óleo de Neem.
Ele mata os insetos jovens e inibe os adultos de
efetuarem a ovoposição. Larvas impregnadas com
óleo de Neem funcionaram em diversas espécies de
barata incluindo a B. germânica
Pragas e Insetos de Produtos Armazenados -
O Neem tem demonstrado um potencial excelente para
a utilização em produtos armazenados.
Aliás, esse é uma das suas utilizações mais
antigas na Ásia e a literatura está repleta de
ensaios bem sucedidos. Houve controle de 3 a 6
meses em produtos armazenados tanto com o óleo
quanto com o pó da folha. Espécies de Sitophilus
e Tribolium são controladas com sucesso por
preparações contendo ingredientes ativos da
planta do Neem.
Há quanto tempo se utiliza o Óleo de Neem no
Brasil ?
No Brasil o fomento ao Neem começou com a ajuda
prestada pela GTZ, empresa estatal alemã,
destinada a promover a redução de produtos tóxicos
na agricultura, que injetou recursos na CATI
criando o projeto “ Solo Vivo”. Nessa época o
Eng. Agr. Helcio de Abreu Jr., o grande e incansável
divulgador dessa arvore no Brasil, teve o seu
primeiro contato com o Neem, embora essa planta já
tivesse sido introduzida pelo I.A.C. ( Instituto
Agronômico de Campinas) há 28 anos atrás pela
seção de Plantas Medicinais que ainda possui a
arvore de Neem mais antiga do Brasil nos fundos da
referida seção. Posteriormente, e de forma tímida,
foram feitas algumas importações do óleo de
Neem da América Central porem o preço era
exorbitante e dificultava o acesso dos produtores
a esse importante insumo ecológico.
Será
que os insetos irão desenvolver resistência ao
Óleo de Neem ?
Todos os autores consultados são da opinião que
será extremamente difícil aos insetos
desenvolverem resistência aos ingredientes ativos
do Óleo de Neem devido ao fato de serem inúmeros
( cerca de 40 ingredientes ativos) e da forma como
os mesmos atuam.
Alguns dos ingredientes ativos são bloqueadores
da ecdysona que é um hormônio natural.
Fica extremamente difícil aos insetos
desenvolverem qualquer tipo de resistência quando
inúmeros mecanismos são afetados ao mesmo tempo.
Em ensaios conduzidos com o fim específico de
desenvolver resistência nos insetos demonstrou-se
ser essa possibilidade muito remota. Traças do
repolho após 35 gerações consecutivas expostas
ao Neem continuaram a exibir a mesma
suscetibilidade aos princípios ativos.
O
que pensam as organizações mundais como a F.A.O.
sobre o Óleo de Neem ?
Diversas
organizações internacionais como a GTZ da
Alemanha tem promovido a pesquisa cultura e difusão
do Neem como uma forma de reduzir a utilização
de inseticidas sintéticos na agricultura
principalmente no países do terceiro mundo, já
que no primeiro mundo eles contam com mecanismos
eficientes que coíbem a utilização desses
produtos venenosos. Um exemplo disso é o
Baysiston , da Bayer, que está proibido na
Alemanha, sede daquela empresa, mas que continua
sendo vendido no Brasil matando agricultores em
todo o pais todos os anos. O Conselho Nacional de
Pesquisas ( National Research Council) de
Washington, USA, chamou o Neem de “a arvore para
resolver os problemas globais”.
A
FAO ( Food and Agriculture Organization ) chamou o
Neem de “ uma das maiores dádivas para a
humanidade”. Recentemente, a Inglaterra rejeitou
um pedido de uma empresa americana que pretendia
“patentear” a planta do Neem para poder
auferir lucros exclusivos sobre essa fonte inesgotável
de recursos e verdadeira dádiva a humanidade.
O Óleo de Neem é tóxico ao homem e a vida
silvestre ?
Até
o momento não foram encontrados nenhum efeito tóxico
a animais de sangue quente incluindo pássaros, a
peixes, a minhocas e demais organismos de solo. Em
1985 o E.P.A. (Environment Protection Agency)
aprovou o produto comercial Margosan-A para
controle de trips, moscas brancas, minadores de
folha, lagartas em geral, pulgas, traças, broca
de chifre, baratas, lagartas militares em estufas,
viveiros, florestas e residências com base em
estudo de toxicidade realizado com essa
finalidade. Esse produto é um extrato dos frutos
do Neem.
Os dados sobre toxicidade são inúmeros. Par
ilustrar podemos citar que em testes com abelhas o
Neem demonstrou não afetar nem esses insetos benéficos
quando em aplicações diretas.
As doses letais LD 50 em diversos animais sempre
ficavam acima das maiores dosagens aplicadas e
portanto nunca eram determinadas pois os animais não
morriam. Os extratos também demonstraram não ser
mutagenicos em testes de mutagenecidade.
O
Óleo de Neem destrói os Inimigos Naturais ?
Insetos
que se alimentam de pólen como borboletas adultas
e abelhas recebem uma dosagem diminuta de Neem que
parece não os afetar. Alem do mais, em teste
voluntário para registro do produto Margosan-A,
ficou demonstrado que nem aplicações diretas
contra as abelhas causou nenhum problema para
esses insetos.
Estudos com minhocas demonstrou que o Neem pode até
ter efeitos positivos sobre esses animais de solo.
A taxa de crescimento da minhocas foi maior quando
se usou folhas de neem ou torta da semente de neem
misturados ao solo. No Hawaii, os cientistas
descobriram um exemplo maravilhoso da sutileza dos
efeitos do óleo de neem. As moscas de fruta, que
anualmente causam grandes prejuízos aos
agricultores, foram testadas para se determinar a
sua suscetibilidade aos ingredientes ativos do
Neem . Enquanto, as frutas amadureciam nas
arvores, os insetos jovens no interior dos casulos
desenvolviam-se no solo. Pulverizando-se o solo
com uma solução de Óleo de Neem o
desenvolvimento das larvas era totalmente
paralisado. Porem , um parasita natural da mosca
de frutas, um certo tipo de ichneumon que parasita
os casulos e é utilizado no controle biológico,
não era afetado provando ser resistente ao neem.
Os predadores que são utilizadas como controle
biológico , ao que tudo indica, são resistentes
ao Neem ( 6 ).
Com
o somatório de informações que dispomos até o
momento permite-nos afirmar que o Óleo de Neem não
representa um perigo iminente aos inimigos
naturais e aos insetos benéficos demonstrando,
mais uma vez, o extraordinário potencial dessa
planta para toda a humanidade.
Qual
a melhor dosagem do Óleo de Neem ?
O
Neem é extremamente ativo como regulador hormonal
mesmo a concentrações baixissimas.
Em alguns estudos, concentrações menores que um
décimo de ppm ( parte por milhão) nas soluções
foi suficiente para proteger eficientemente as
plantas tratadas ( 9 ). Essa concentração é
equivalente a 0,00001 por cento ou aproximadamente
uma colher de chá de neem para 4.000 litros de água.
Alguns insetos começam e se desinteressar por
algumas plantas mesmo a essas concentrações baixíssimas.
Nesse particular o produtor deve testar o Neem e
descobrir por si mesmo a dosagem mais econômica.
São centenas de culturas e milhares de insetos
nas mais diversas condições de cultivo. Isso
propicia milhões de diferentes situações e a
pesquisa jamais irá responder a sua questão
especifica a menos que a sua lavoura tenha uma
importância econômica muito grande e a menos que
o governo decida que já chega de intoxicar a
população e começe a pesquisar formas menos tóxicas
de controle de insetos.
Na prática recomenda-se concentrações de Óleo
emulsionado que variam de 0,5 até 1%.
Entretanto, fica o lembrete de que o Óleo de Neem
emulsionado poderá apresentar resultados em
concentrações bem inferiores.
O
Óleo de Neem tem efeito por contacto ou é um
produto sistêmico
As
duas coisas.
Os ingredientes ativos ficam depositados na superfície
das plantas mas também são absorvidos pelas
plantas. O fato dos extratos de plantas poderem
ser absorvidos e
consequentemente conferir uma defesa de dentro
para fora é talvez uma das características do
Neem mais interessantes. O nível da atividade
sistêmica difere de planta para planta e de uma
formulação para outra. Extratos que não
contenham óleo, com pouco óleo e com muito óleo
exibem diferentes níveis de ação sistêmica.
Quais as formas de aplicação do Óleo de Neem ?
O Óleo emulsionado é geralmente pulverizado
sobre as plantas com pulverizadores costais, ou
motorizados. Pode-se usar também atomizadores e
recentemente foram feitos testes com maquinas
geradorasde fumaça ou “fog” na qual o produto
é usado na forma pura sem diluição.
No caso de moscas é comum a preparação de iscas
atrativas com açúcar.
É iqualmente relatada a aplicação via injeções
em troncos de arvores ( 6 ) para controle de
lagartas minadoras de folha. Também utiliza-se a
pulverização do solo ao redor de arvores e
plantas para controle de traças que completam o
seu ciclo no solo no interior de casulos.
Deve-se
usar espalhante adesivo junto com o Óleo
Emulsionado de Neem ?
Não
há necessidade alguma de se usar espalhante
adesivo com a emulsão de Óleo de Neem pois os
emulsionantes possuem características químicas
semelhantes aos espalhantes adesivos exercendo o
mesmo papel que estes na superfície das folhas.
De
quanto em quanto tempo se aplica o Óleo de Neem ?
Aqui também estamos diante de uma situação que
irá requerer a participação ativa do produtor.
A pesquisa ainda não respondeu a essa pergunta.
Algumas experiências demonstraram que o efeito
anti-alimentar persiste por até três semanas após
a aplicação.
Alguns
produtores aplicam pulverizações semanais e
acham que essa frequencia é a ideal. Cada caso irá
requerer um estudo individualizado. A regra geral
é quanto menos aplicações melhor. Também
existem diferenças básicas entre cultivos
protegidos em estufas e à campo, de formas que não
é possível ter-se uma recomendação geral para
todas as culturas e em todas as situações de
cultivo.
O
Óleo de Neem é compatível com outros produtos ?
O
Óleo emulsionado de Neem para fins agrícolas é
compatível com a maioria dos insumos aplicados na
Agricultura Orgânica. Entre os produtos compatíveis
podemos citar o
Biofertilizante, o acido pirolenhoso, alguns
fertilizantes foliares à base de Cálcio e Boro
como o CaB2. Entretanto, não recomendamos a sua
aplicação nem com a Calda Bordaleza e nem com a
Calda Sulfocalcica devido a sua reação alcalina.
Entretanto, esta recomendação não está
amparada em pesquisas cientificas sendo necessário
e urgente pesquisar-se esse aspecto para posterior
analise.
A combinação do óleo de Neem com inseticidas
biológicos à base de Bacillus thuringensis (
Dipel) tornam o controle ainda mais eficiente.
Como escolher qual o produto a ser comprado já
que não existe produto registrado no mercado?
Embora já existam produtos a base de Neem
registrados em outros países , o que prova a
eficiência desse produto, no Brasil o processo é
bastante demorado e caro. Estima-se que o custo de
registro de um produto no Ministério da
Agricultura esteja entre US$ 75.000,00 a US$
250.000,00. Além do mais é amplamente conhecido
o fato de que apenas umas poucas firmas
multinacionais tem acesso a esses registros.
Diversas firmas brasileiras do ramo de Agrotóxicos
tem movido repetidos processos judiciais contra o
Ministério da Agricultura por se sentirem
prejudicadas com esse sistema injusto. Alem do
mais os custos de registro terão que ser
fatalmente repassados ao consumidor final. E
pergunta-se: Para quê ? Para provar o que todo o
mundo já sabe ? Que o Óleo de Neem é um
eficiente protetor natural contra os insetos ?
Para corroborar mais de duas décadas de pesquisas
científicas ? Para corroborar o que milhares de
usuários satisfeitos em todo o mundo estão
dizendo sobre o Óleo de Neem ? Para redescobrir a
pólvora ?
A
maioria do produtores que se preocupam com o meio
ambiente são reconhecidamente inteligentes ao
ponto de reconhecerem que esse sistema
institucionalizado de registros de produtos para a
lavoura é mais um escândalo nacional e falar-se
em registro para produtos naturais é mais outra
grande hipocrisia, sem mencionar-mos o aspecto
estritamente ditatorial que esses registros impõe
ao seu direito de optar. Ou seja, não se pode
usar o que se bem deseja, mas sim o que eles
querem que você use ou permitem ( por meio de
registros). Isso tem um só nome : Ditadura!.
Infelizmente, não podemos concordar com esse tipo
de procedimento.
Multinacionais ávidas por lucro irão tentar
monopolizar mais essa fonte natural para o
controle de insetos tentando nos escravizar mais e
mais ( 6 ). Porem cabe a todos nós repudiar mais
essa tentativa.
Entretanto, o consumidor consciente tem que saber
como proceder pois haverão muito em breve os
aproveitadores que tentarão tirar proveito da boa
reputação do óleo de Neem e tentarão vender
produtos de inferior qualidade e com baixo teor de
Azadarachtina.
Por
isso adquira sempre esse produto de pessoas que já
tenham uma reputação comprovada no meio da
agricultura orgânica. No final desse trabalho
existe uma lista de revendedores nos quais o Óleo
de Neem poderá ser adquirido.
O Óleo de Neem é um produto permitido pelas
organizações certificadoras de Agricultura Orgânica
no Brasil ?
Sim, o Óleo de Neem é autorizado por todas as
certificadoras orgânicas a nível mundial sem
nenhuma exceção.
Que cuidados devemos ter para a melhor utilização
do Óleo de Neem ?
Os princípios ativos do Óleo de Neem são sensíveis
a luz e ao calor . Portanto, mantenha as
embalagens e locais frescos e ao abrigo da luz.
Durante o inverno, em locais frios, o Óleo de
Neem se solidifica e por isso temos que nos
certificar que a emulsão esteja dissolvida antes
de formular a pulverização. A Azadarachtina
tende a se concentrar no fundo do frasco e pro
isso deve-se sempre agitar o frasco de emulsão
muito bem agitado antes de utiliza-lo.
A pulverização deve cobrir bem a folha pois o
produto só funcionará onde os princípios ativos
atingirem de fato a superfície da folha.
Devo
usar o Óleo de Neem da mesma forma que antes
utilizava os inseticidas agrotóxicos ?
Não.
Em hipótese alguma. Nada irá substituir o
cuidado com o solo que é base de tudo.
Nada irá substituir uma nutrição adequada à
planta bem como os demais cuidados a serem
observados tanto numa produção orgânica como em
uma convencional como rotação de culturas,
preparo mínimo de solo, correção de acidez de
forma adequada (evitando-se o excesso de magnésio
e uma boa relação entre Ca:Mg), irrigação
adequada, equilíbrio entre os diversos
nutrientes, seleção adequada de variedades,
adaptação da cultura à região, etc.
Que
outras medidas devo adotar para melhorar o
controle de insetos na minha lavoura ?
Hoje
é sabido que os insetos só se sentem atraídos
por aquelas plantas que sinalizam a eles de alguma
forma que precisam ser eliminadas. Essa é a lei
inexorável da natureza. Os mais fracos tem e
devem ser eliminados. Pesquisas recentes ( 1, 2, 5
) demonstraram que algumas plantas exalam
quantidades mínimas de álcool e amônia
sinalizando, então, aos insetos a sua agonia e
como que “pedindo” para serem eliminadas. Por
outro lado, especula-se também que o nível de
proteína na planta é fator desencorajador ao
ataque de insetos e que os micro nutrientes teriam
um papel decisivo na conversão dos amino-ácidos
livres à proteínas. Dessa forma, reveste-se de
grande importância o papel dos micro nutrientes
ou elementos traço na nutrição vegetal. É
amplamente reconhecida a importância e o valor
dos biofertilizantes na nutrição vegetal, como
uma das formas de se conferir ao mesmo uma maior
resistência ao ataque de insetos devido a uma boa
suplementação nutricional. Entretanto, mesmo o
melhor dos biofertilizantes não irá conter todos
os elementos traços requeridos para uma nutrição
vegetal perfeita, razão pela qual se preconiza a
aplicação de fontes fósseis de microelementos
como carvões fósseis ( xisto, linhito, turfas )
bem como de rochas de reconhecido valor
nutricional para as plantas com forma de repor ao
solo os elementos traços perdidos ao longo de
milhares de anos de intemperização dos nossos
solos tropicais.
Literatura Citada
1.Andersen, A.B. Ph.D. Science in Agriculture.Acres
U.S.A. ,376 pp, 2.000.
2. Callahan, P. S. Ph.D. Paramagnetism.
Rediscovering
Nature´s Secret Force of Growth Acres U.S.A. ,
128 pp, 1995
3. GTZ. Neem. A Natural Insecticide.”Gewinnung
naturlicher Insektizide aus tropischen Pflanzen”,
Deutsche Gesellschaft fur Technische
Zusammenarbeit (GTZ), 34 pp., Eschborn, sem data.
4.KONPHALINDO. National Consortium for Nature and
Forest Conservation in Indonesia.National
Conference on Biopesticides with emphasis on Neem.,
GTZ - Deutche Gesellschaft fur Technische
Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, 132 pp., Eschborn,
1998.
5. Lisle, Harvey. The Enlivened Rock Powders.
Acres U.S.A. , 194 pp, 1994.
6.Norten, Ellen. NEEM. India´s Miraculous Healing
Plant. Healing Arts Press., 92 pp., 2.000.
7.Puri, H.S. NEEM. The Divine Tree. . Medicinal
and Aromatic Plants - Industrial Profile, Harwood
Academic Publishers, 182pp., 1999.
8.Proceedings of a Seminar held in Dodowa.The
Potentials of the Neem Tree in Ghana. GTZ -
Deutche Gesellschfat fur Zusammenarbeit (GTZ) GmbH.,
Division 45, Rural Development, Working Field :
“Non-synthetic Pesticides “,129 pp., Eschborn,
1988.
9.Report of an Ad Hoc Panel of the Board of
Science and Technology for International
Development. NEEM. A Tree For Solving Global
Problems. National Research Council, National
Academy Press, Washington, D.C. 139 pp., 1992.
10..Schmutterer, H & K.R.S. Ascher. Natural
Pesticides From The Neem Tree and Other Tropical
Plants.,Proceedings of the Third International
Neem Conference, Nairobi, Kenia, GTZ - Deutche
Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ)
GmbH., 703 pp.,Eschborn 1987.
Algumas
pragas que o Dalneem controla
Agrotis
ipsilon (Lagarta rosca)
-
Algodoeiro, soja, cana-de-açucar,
milho, fumo, mamona, batatinha, melancia, melão,
pepino, abóbora, couve, couve-flor, brócolis,
cravo, crisântemo, gerânio, margarida, violeta,
samambaia, avenca, cóleo, alface, alcachofra,
almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga,
cebola, alho, maranguinho, tomate, berinjela,
pimentão, eucalipto, pinheiro-do-paraná.
Aleurothixus
floccosus (Mosca branca)
-
Citrus
Aphis
gossypii (pulgão)
-
Algodoeiro,
cacaueiro, quiabeiro, batatinha, flores e
folhagens
Brevicorne
brassicae (Pulgão)
-
Couve, couve-flor, brócolis
Callosobruchus
maculatus (caruncho)
-
Grãos
Conotrachelus
(Broca dos frutos)
-
Cacaueiro, gorgulho da goiaba, gorgulho da
jaboticaba
Diabrótica
(Vaquinha)
-
Cana-de-açucar, soja, banana, batatinha,
melancia, melão, pepino, abóbora, tomate,
berinjela, pimentão
Dysdercus
spp (Manchadores)
-
Algodoeiro
Ephestia
elutella (lagarta)
-
Soja, fumo, cacau
Heliothis
virescens (Lagarta das Maças)
-
Maçã, erva-mate
Hypsipyla
grandella (Broca do Cedro)
-
Cedro, mogno
Lasioderma
serricorne (Besouro)
-
fumo, soja (faz galeria nos fardos)
Panonychus
citri (Ácaro purpúreo)
-
Citrus
Planococcus
Citri (Cochonilha Branca)
-
Citrus, cacau, cereja
Plutella
xylostella (Traça das crucíferas)
-
Couve, couve-flor, brócolis
Rhyzopertha
dominica (Besourinho
-
Arroz, trigo, sorgo
Rhopalosiphum
maidis, padi (Pulgão do café)
-
Milho, trigo, aveia, cevada
Saissetia
coffeae (Cochonilha parda
-
Café, citrus, flores e folhagens
Schitocerca
sp (Gafanhoto)
-
Pastagens
Sitophilus
oryzae (Gorgulho)
-
Arroz, milho, sorgo, trigo
Sitotroga
cerealella (Traça dos cereais)
-
Arroz, trigo, sorgo, milho
Spodoptera
frugiperda (lagarta do cartucho do milho, lagarta
do solo)
-
Milho, arroz, cana-de-açucar, soja, trigo,
aveia, cevada, batatinha, alface, alcachofra,
almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga,
cenoura, etc...
Stegobium
paniceum (Besouro)
-
Cereais e sub-produtos, farinhas, farelos,
fubá, etc...
Tribolium
cataneum, confusum (Besourinho)
-
Cereais moído, trigo, rações, farinha
Outros
-
Traça
do tomateiro
-
Berne,
carrapato, mosca-do-chifre
-
Larva
de trips
-
Aphids
– Endoparasita de pulgões
Obs-
Até o momento foram cadastrados mais de 200
pragas que o nim controla, porém muitas não
ocorrem no Brasil. Portanto o conhecimento do
controle de novas pragas acontecerá somente a
medida que o agricultor adotar o uso do Nim no seu
dia a dia.
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